Atividades de autoavaliação
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Sobre os axiomas algébricos, indique se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Os inteiros 0 e 1 são os únicos elementos neutros aditivo e multiplicativo, respectivamente.
( ) Para todos a, b e c ∈ ℤ tais que a + b = a + c temos que b = c.
( ) Para todo elemento a ∈ ℤ, existe um elemento a’ ∈ ℤ tal que a . a’ = 1.
( ) Apenas por meio dos axiomas algébricos é possível provar que (-1) . (-1) = 1.Agora, assinale a alternativa que corresponde a sequência obtida:
a. V, V, F, V ★
b. V, F, F, V
c. V, V, F, F
d. F, V, V, V
e. V, F, V, F -
Analise as afirmações a seguir e indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Se a² = a, então a = 0 ou a = 1.
( ) Se a³ = a, então a = 0 ou a = 1.
( ) A equação a + x = b tem uma única solução em ℕ.
( ) A equação a + x = b admite mais de uma solução em ℤ.Agora, assinale a alternativa que corresponde à sequência obtida:
a. V, V, F, V
b. V, F, F, V
c. V, V, F, F
d. F, V, V, V
e. V, F, V, F ★
Primeira sentença
a² = a → a² – a = 0 → a(a – 1) = 0 → a = 0 ou a – 1 = 0 = 1 → Verdadeira.Segunda sentença
a³ = a → a³ – a = 0 → a(a² – 1) = 0 → a(a – 1)(a + 1) = 0soluções:
a = 0, a = 1, a = -1
Falsa, pois existe a solução a = -1.
Terceira sentença
a + x = b → x = b – apara que a equação possua apenas uma solução em ℕ é necessário que b ≥ a. Portanto, em ℕ só existe uma única solução para a equação dada.
Verdadeira
Quarta sentença
a + x = b realmente só possui uma única solução em Z, pois ao solucionar a equação sempre teremos um único valor para x. Diferente de uma equação de 2º grau onde x pode assumir 2 valores.
Falsa.
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Considere a, b, c ∈ ℤ e indique se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) a² – ab + b² ≥ 0.
( ) Se a < b, então a³ < b³.
( ) Se a < b, então a² < b².
( ) A equação x² + 1 = 0 tem solução em ℤ.
( ) Se a . b < a . c e a > 0, então b < c.Agora, assinale a alternativa que corresponde à sequência obtida:
a. V, V, F, V, V
b. V, F, F, F, V
c. V, V, F, F, V ★
d. F, V, F, V, F
e. V, V, V, F, F
Se a < b → a² < b² → (-2) < 2 → (-2)² ≤ 2² → 4 ≤ 4 → Sentença falsa.
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Demonstre que, se um subconjunto de Z tem mínimo (ou máximo), então o mínimo (ou máximo) é único.
Seja A um subconjunto de ℤ e que A possua mínimo. Ou seja, existe um elemento m ∈ A tal que ∀ a ∈ A, m ≤ a.Vamos supor por absurdo, que existam dois mínimos distintos, m1 e m2, ambos em A, tal que ∀ a ∈ A, m1 ≤ a e m2 ≤ a.
Como m1, m2 ∈ A, podemos aplicar as desigualdades a eles mesmos.
- Como m2 ∈ A, pela definição de mínimo, m2 ≤ m1
- Como m1 ∈ A, pela definição de mínimo, m1 ≤ m2
Logo:
m1 ≤ m2 e m2 ≤ m1 ⇒ m1 = m2
Portanto, m1 e m2 não são distintos. Isso contradiz a suposição de que existem dois mínimos distintos. Assim o mínimo é único.
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Dado um conjunto de números A, definimos a cardinalidade de A por:
|A| = Número de elementos de A, caso tal seja finito ∞, caso contrário Nesse caso, é possível afirmar que dois conjuntos, A e B, têm mesma cardinalidade se existe uma função φ: A → B bijetiva.
Prove que o conjunto dos números pares é infinito, com cardinalidade igual ao conjunto dos inteiros. De igual forma, prove que o conjunto dos números ímpares é infinito, com a mesma cardinalidade do conjunto dos inteiros. Note que, assim, teremos dois conjuntos disjuntos, por exemplo, P e I, tais que |P| = |ℤ| = |I| e P ⋃ I = ℤ.
Antes de iniciarmos vamos ver como funciona essa ideia aplicada aos conjuntos finitos.Seja A = {1,3,5,7} com cardinalidade 4.
Seja B = {2,4,6,8} com cardinalidade 4.Sendo C = A ⋃ B → C = {1,2,3,4,5,6,7,8} e terá cardinalidade 8, ou seja, |A| + |B|.
Regra geral para conjuntos finitos
Se A e B são finitos e disjuntos, então:
|A ⋃ B| = |A| + |B|
Comparando com o caso infinito
Nos conjunto infinitos enumeráveis, essa regra não vale da mesma forma. Quando temos dois conjuntos infinitos enumeráveis disjuntos (como pares e ímpares) a união ainda tem a mesma cardinalidade.
Em teoria dos conjuntos, dois conjuntos infinitos têm a mesma cardinalidade se existe uma bijeção entre eles (ou seja, é possível parear seus elementos um a um, sem sobrar nenhum).Os números pares são infinitos e têm a mesma cardinalidade dos inteiros
ℤ = {…, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, …}
2ℤ = {…, -4, -2, 0, 2, 4, …}Mostrar que 2ℤ é infinito
Sabemos que o conjunto dos números naturais ℕ é infinito. Portanto, vamos gerar infinitos inteiros pares por meio de uma fórmula ou função ƒ: ℕ → 2ℤ, tal que ƒ = 2n, ∀ n ∈ ℕ.
f(n) = 2n
f(1) = 2 . 1 = 2
f(2) = 2 . 2 = 4
f(3) = 2 . 3 = 6
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f(n+1) = 2(n+1)Como há infinitos números naturais, haverá infinitos números inteiros pares.
Mostrar que |2ℤ| = |ℤ|
Vamos definir uma função ƒ: ℤ → 2ℤ dada por f(n) = 2n. Note que para cada n ∈ ℤ haverá um correspondente em 2ℤ. Visto que, ℤ é infinito, 2ℤ também é.
Logo, possuem a mesma cardinalidade.O mesmo pode ser feito para os números inteiros ímpares, basta definir uma função g: ℤ → ℤímpar, tal que g(n) = 2n + 1.