A probabilidade condicional como o próprio nome diz, sofre o efeito de uma condição. A probabilidade de um evento B ocorrer está atrelada a um evento A que já ocorreu.
Sendo A um envento de um espaço amostral Ω, não vazio, e B outro evento desse mesmo espaço amostral, existe uma probabilidade condicional de ocorrência do evento B em relação ao evento A. O cálculo da probabilidade condicional, ou seja, a probabilidade de ocorrer o evento B dado que já ocorreu o evento A, é expressa por:
P(B | A) | = |
|
A fórmula pode ser lida como “a probabilidade de B ocorrer dado que, ou sabendo que, A ocorreu”.
Na saída de um Fla-Flu, no Maracanã, foram ouvidos, para fins de pesquisa de opinião, 80 torcedores assim distribuídos:
Homens | Mulheres | Total | |
---|---|---|---|
Flamengo | 27 | 14 | 41 |
Fluminense | 23 | 16 | 39 |
Total | 50 | 30 | 80 |
Escolhemos, entre os entrevistados, uma pessoa ao acaso. Constatando que a pessoa escolhida é homem, qual é a probabilidade de que ele seja torcedor do flamengo?
Veja que neste exemplo temos que encontrar probabilidade de se escolher um torcedor do flamengo, sabendo que já foi escolhido um homem. Note que, se não houvesse sido escolhido ninguém, o espaço amostral seria 80, que é o total de torcedores. Mas, como um homem já foi escolhido, ou seja, um evento já ocorreu; a probabilidade do segundo evento ocorrer muda completamente.
Agora o espaço amostral é o total de homens, ou seja, 50.
A probabilidade de se escolher um torcedor, dado que este é homem é:
P(B | A) | = |
|
P(Fla | Homem) | = |
|
P(B | A) | = |
|
Num prédio residencial há dois blocos: A e B. No bloco A, há 80 apartamentos, dos quais 15% estão em atraso com o condomínio. No bloco B, há 50 apartamentos, 10% dos quais com taxas atrasadas. As fichas de todos os moradores estão reunidas, e uma delas é escolhida ao acaso.
a) Qual é a probabilidade de que a ficha escolhida seja do bloco A e esteja quite com o condomínio?
b) Sabe-se que a ficha escolhida é de um condômino em atraso. Qual é a probabilidade de que ele seja do bloco B?
Vamos reunir os dados do problema.
Bloco A
80 apartamentos
15% → condomínio atrasado
12 apartamentos com condomínio atrasado
68 apartamentos em dia com o condomínio
Bloco B
50 apartamentos
10% → condomínio atrasado
5 apartamentos com condomínio atrasado
45 apartamentos em dia com o condomínio
a) Escolher uma ficha do bloco A que esteja quite com o condomínio.
P(A) | = |
|
P(A) | = |
|
= |
|
P(A) | = |
|
b) Sabe-se que a ficha escolhida é de um condômino em atraso. Qual é a probabilidade de que ele seja do bloco B?
Aqui já houve a mudança do espaço amostral. O novo espaço amostral é o conjunto de todos os condôminos em atraso, ou seja, 12 do bloco A mais 5 do bloco B.
n(Ω) = 12 + 5 = 17
Percebeu a redução do espaço amostral? De 130 caiu para 17. Em problemas de probabilidade condicional o espaço amostral sempre será reduzido.
Agora, qual a probabilidade de que seja do bloco B. Ser do bloco B e estar em atraso corresponde a 5. Logo:
P(Bloco B | Atraso) | = |
|
P(B | A) | = |
|
P(B | A) | = |
|
(FGV – SP) Num certo país, 10% das declarações de imposto de renda são suspeitas e submetidas a uma análise detalhada; entre estas verificou-se que 20% são fraudulentas. Entre as não suspeitas, 2% são fraudulentas.
a) Se uma declaração é escolhida ao acaso, qual a probabilidade de ela ser suspeita e fraudulenta?
b) Se uma declaração é fraudulenta, qual a probabilidade de ela ter sido suspeita?
Vamos supor que existam 1000 declarações.
10% das declarações são suspeitas
0,1 • 1000 = 100 → suspeitas
20% das declarações suspeitas são fraudulentas
0,2 • 100 = 20 → fraudulentas e suspeitas
1000 – 100 = 900 declarações não suspeitas
0,02 • 900 = 18 → fraudulentas não suspeitas
Note como fica mais fácil quando construímos o diagrama de Venn.
a) Se uma declaração é escolhida ao acaso, qual a probabilidade de ela ser suspeita e fraudulenta?
P(A) | = |
|
= | 2% |
b) Se uma declaração é fraudulenta, qual a probabilidade de ela ter sido suspeita?
Veja o novo espaço amostral representado no diagrama acima.
S: Suspeitas
F: Fraudulentas
P(S | F) | = |
|
P(S | F) | = |
|
= |
|
Quando um evento é composto de várias etapas independentes, de tal maneira que:
a primeira etapa é A e sua probabilidade é p1,
a segunda etapa é B e sua probabilidade é p2,
a terceira etapa é C e sua probabilidade é p3,
.
.
.
a n-ésima etapa é N e sua probabilidade é pn,
então a probabilidade de que as etapas A, B, C, …., N ocorram nessa ordem é:
Considerem-se duas caixas I e II. Na caixa I, há 4 bolas pretas e 6 bolas azuis, e na caixa II há 8 bolas pretas e 2 bolas azuis. Escolhe-se, ao acaso, uma caixa e, em seguida, dela se tira uma bola. Qual a probabilidade de que esta bola seja?
a) preta?
b) azul?
Vamos construir uma árvore de possibilidades para visualizarmos melhor o que se pede:
Agora ficou fácil. O evento procurado é composto de duas etapas: 1ª etapa é a escolha da caixa e a 2ª etapa é a escolha da bola.
a) Retirar uma bola preta.
|
+ |
|
= |
|
b) Retirar uma bola azul.
|
+ |
|
= |
|
Numa caixa estão guardardos 20 livros, sendo 12 de Biologia e 8 de Geografia. Dois deles são retirados sucessivamente e sem reposição. Qual é a probabilidade de terem sido escolhidos 2 livros de Biologia?
Vamos construir uma árvore de possibilidades para visualizarmos com mais facilidade o problema.
Os ramos da árvore que mostram a escolha de dois livros de biologia é:
|
• |
|
= |
|
Qual é a probabilidade de um casal ter 4 filhos e todos do sexo masculino?
A chance de um casal ter um filho do sexo masculino é de ½. Porém, o evento completo é composto de 4 etapas; sendo cada nascimento uma etapa. Logo, teremos: (½)4 = 1/16.
Dois eventos são ditos independentes quando a realização ou não realização de um deles não afeta a probabilidade da realização do outro. Se A e B são eventos independentes; e sendo P(A) a probabilidade de ocorrer o evento A e P(B) a probabilidade de ocorrer o evento B; a probabilidade de ocorrer A e B, simultaneamente é dado por P(A ⋂ B) = P(A) • P(B).
Uma moeda é lançada 3 vezes. Calcule a probabilidade de obtermos:
a) três caras;
b) pelo menos uma cara.
Para cada lançamento tem-se ½ de chance para sair cara ou coroa. E cada lançamento é considerado um evento independente. Portanto, a chance de sair coroa nos três lançamentos será:
a) três caras;
|
• |
|
• |
|
= |
|
b) pelo menos uma cara.
Exceto o ramo ccc todos os demais contêm pelos menos uma cara.
7 | • |
|
= |
|
No lançamento de dois dados honestos, qual a probabilidade de obtermos 1 no primeiro dado e 5 no segundo?
O problema nos mostra dois eventos.
Evento 1: obter o número 1 no primeiro dado.
Evento 2: obter o número 5 no segundo dado.
Os eventos 1 e 2 são independentes.
P(Evento 1) = 1/6
P(Evento 2) = 1/6
P(Evento 1 ⋂ Evento 2) = P(Evento 1) • P(Evento 2)
P(Evento 1 ⋂ Evento 2) = 1/6 * 1/6 = 1/36
– Equação geral da reta
– Equação reduzida da reta
– Equação segmentária da reta
– Equações paramétricas
No plano cartesiano acima foram determinados dois pontos distintos A e B. Nosso objetivo inicial é encontrar a distância entre eles. Para isso vamos encontrar as coordenadas de A e B.
O ponto A possui coordenadas (x1,y1), ou seja, A(x1,y1) e B possui coordenadas (x2,y2), ou seja, B(x2,y2).
Note na figura B que os pontos A, B e P formam um triângulo reto em P. Pelo teorema de Pitágoras, tem-se:
(dAB)² = (dAP)² + (dBP)²
(dAB)² = (x2 – x1)² + (y2 – y1)²
Calcular a distância entre os pontos A(2,3) e B(6,6).
dAB = √(x2 – x1)² + (y2 – y1)²
dAB = √(6 – 2)² + (6 – 3)²
dAB = √4² + 3²
dAB = √25;
dAB = 5
Determine os valores de m para os quais a distância entre A(m – 1,3) e B(2,-m) é 6.
dAB = √(x2 – x1)² + (y2 – y1)²
6 = √(2 – (m – 1))² + (-m – 3)²
6 = √(2 -m + 1)² + (-m – 3)²
6 = √(-m + 3)² + (-m – 3)²
36 = m² – 6m + 9 + m² + 6m + 9
36 = 2m² + 18
18 = 2m²
m² = 9
m = ± 3
Dados dois pontos A e B distintos, como calcular as coordenadas do ponto médio do segmento AB? Sabemos que A(x1,y1), B(x2,y2) e M(a,b).
Da semelhança de triângulos tem-se que o ΔAMC ~ ΔABP. Logo:
|
= |
|
|
= |
|
⇒ |
|
= |
|
AP = 2AC
x2 – x1 = 2(a – x1)
x2 – x1 = 2a – 2x1
x2 – x1 + 2x1 = 2a
x2 + x1 = 2a
a | = |
|
Procedendo da mesma forma, sobre o eixo y, encontramos que:
b | = |
|
Portanto, as coordenadas do ponto M(a,b) são:
M | = |
|
, |
|
A figura acima nos mostra três pontos A(x1,y1), B(x2,y2) e C(x3,y3), colineares, ou seja, são pontos de uma mesma reta. Como podemos provar, algebricamente, a colinearidade de três pontos?
Observando a figura, tem-se que: ΔABD ~ ΔACE. Portanto:
|
= |
|
|
= |
|
(x3 – x1)(y2 – y1) = (x2 – x1)(y3 – y1)
(x3 – x1)(y2 – y1) – (x2 – x1)(y3 – y1) = 0
Outra forma de representar a proporção acima é por meio de uma matriz. Quando o determinante da matriz resultar em zero, os três pontos estarão alinhados.
|
= 0 |
Um dos postulados de incidência nos diz que dados dois pontos distintos, existe uma única reta que os contém.
Partindo desse princípio a figura acima nos mostra três pontos distintos pertencentes a uma reta r. Dois de seus pontos são conhecidos, a saber, os pontos A(x1,y1) e B(x2,y2). O ponto C (x,y) é genérico. Visto que os pontos A, B e C pertencem a mesma reta, logo estão alinhados. Já aprendemos que o determinante da matriz abaixo quando retorna zero, comprova a colinearidade de três pontos.
|
= 0 |
Desenvolvendo o determinante:
x1y2 + xy1 + x2y – xy2 – x2y1 – x1y = 0
x(y1 – y2) + y(x2 – x1) + (x1y2 – x2y1) = 0
Os valores x1, x2, y1 e y2 são conhecidos e podemos fazer:
y1 – y2 = a
x2 – x1 = b
x1y2 – x2y1 = c
por fim, teremos:
Essa é a forma geral da equação da reta.
Na sequência de figuras acima podemos ver a mesma reta r com diversas inclinações. Cada inclinação exibe um α, e é a medida desse α que é chamada de inclinação da reta r. Note que no caso em que α = 90° não é possível determinar a inclinação da reta r, visto que tg α não é definida. E na situação em que a reta r é paralela ao eixo das abscissas, a sua inclinação é zero, ou seja, tg α = 0.
Coeficiente angular ou declividade de uma reta r é o número real m resultado da tangente trigonométrica de sua inclinação α, ou seja: m = tg α.
Dados dois pontos A(x1,y1) e B(x2,y2) pertencentes a uma reta r, o coefieciente angular dessa reta pode ser calculado como:
m | = | tg α | = |
|
Por meio da relação acima podemos encontrar uma equação bastante conhecida. Consideremos uma reta r que passa pelo ponto P(x1,y1) e tem coeficiente angular m. Em seguida, tomamos um ponto Q(x,y) qualquer sobre a reta r, sendo Q ≠ P. Da fórmula acima tem-se:
m | = |
|
Essa fórmula recebe o nome engraçado de “Yoyô me chichô”. Isso é um recurso para facilitar a memorização pelos alunos. Essa é a fórmula da equação de uma reta que passa por um ponto conhecido e cujo coeficiente angular também foi fornecido.
Podemos encontrar a equação reduzida da reta a partir da equação geral ax + by + c = 0 e também a partir da equação y – y1 = m(x – x1). Vejamos cada caso.
A partir da equação geral
ax + by + c = 0
by = -ax – c
y | = | – |
|
x | – |
|
Chamando -a/b de m e -c/b de n, tem-se:
A partir da equação y – y1 = m(x – x1)
y – y1 = m(x – x1)
Para esta parte vamos considerar o ponto de coordenadas (0,b).
y – b = m(x – 0)
y – b = mx
y = mx + b
Onde m é o coeficiente angular da reta e b o ponto, onde a reta corta o eixo das ordenadas.
Para encontrarmos a equação segmentária da reta vamos analisar os pontos onde a reta r contar os eixos coordenados. De acordo com a figura acima essas interseções ocorrem nos pontos (a,0) e (0,b). Já sabemos encontrar a equação de uma reta conhecidos o coeficiente angular e um de seus pontos.
y – y1 = m(x – x1)
m | = |
|
= |
|
y – b | = |
|
(x – 0) |
y – b | = |
|
x |
y | = |
|
x | + | b |
Multiplicando ambos os lados por a, tem-se:
ay = -bx + ab
bx + ay = ab
Dividindo ambos os lados por ab, tem-se:
|
+ |
|
= |
|
|
+ |
|
= | 1 |
Parametrizar uma curva significa poder escrever as coordenadas de um ponto genérico de uma curva em função de outra variável, geralmente se utiliza a letra t.
![]() |
|
t funciona como parâmetro e a medida que seu valor é alterado, obtém-se novos pontos da curva. Esse conceito será facilmente entendido por meio de um exemplo.
Uma reta r passa pelos pontos (3,0) e (0,2). Encontre:
a) Sua equação geral
b) Sua equação reduzida
c) Sua equação segmentária
d) Uma de suas equações paramétricas
a) Encontrando a equação geral
|
= 0 |
Resolvendo o determinante, obtemos 2x + 3y – 6 = 0.
b) Encontrando a equação reduzida da reta
y – y1 = m(x – x1)
m | = |
|
= |
|
y – 0 | = |
|
(x – 3) |
y | = |
|
x | + | 2 |
c) Encontrando a equação segmentária
2x + 3y = 6
|
+ |
|
= |
|
|
+ |
|
= | 1 |
d) Encontrando a equação paramétrica da reta
2x + 3y – 6 = 0
2x = 6 – 3y
x | = | 3 | – |
|
y |
x | = | 3 | (1 – |
|
y) |
x = 3t
(1 – |
|
y) | = | t |
y = 2 – 2t
![]() |
|
Portanto, com a variação de t podemos obter os pontos da reta r.
t | x | y | ponto |
---|---|---|---|
-1 | -3 | 4 | P(-3,4) |
0 | 0 | 2 | Q(0,2) |
1 | 3 | 0 | R(3,0) |
2 | 6 | -2 | S(6,-2) |
⁝ | ⁝ | ⁝ |
Um plano contem diversos elementos e estes por sua vez podem ou não interagir entre si. Vamos criar uma imagem mental onde determinada área urbana possa servir de plano para nosso estudo. Nessa área urbana temos ruas. Dessas ruas algumas são paralelas enquanto outras se cruzam.
Levando essa área urbana a um plano abstrato, as ruas serão retas que terão as mesmas propriedades, tanto de serem paralelas quanto de se cruzarem.
Considere duas retas r e s, não verticais de coeficientes angulares α e β, respectivamente.
Podem ocorrer dois casos.
1º caso: α = β
Se α = β ⇒ tg α = tg β, concluimos que:
O coefiente angular de ambas as retas é o mesmo. Portanto, as retas r e s são paralelas.
2º caso: α ≠ β
Se α ≠ β ⇒ tg α ≠ tg β, concluimos que:
As retas r e s são concorrentes, pois seus coefiecientes angulares são diferentes.
Todo par de retas concorrentes possui um ponto em comum. Na figura acima o ponto em comum das retas r e s é P. Além disso, as retas formam um ângulo θ ao se cruzarem, permitindo assim obtermos mais informações sobre a situação.
Na figura M abaixo, as retas r e s se intersectam no ponto P formando entre si um ângulo θ.
1º caso: θ = 90º
No triângulo APB, pela Geometria Plana, tem-se:
β = α + θ
β = α + 90º
tg β = tg (α + 90º)
tg(α + 90º) | = |
|
⇒ | – |
|
= | – cotg α | = | – |
|
Como tg α = mr e tg β = ms, tem-se:
tg β | = | – |
|
⇒ | ms | = | – |
|
ms | = | – |
|
Quando a relação acima ocorrer dizemos que as retas r e s são perpendiculares.
2º caso: 0 < θ < 90º
Nesse caso nossa intenção é descobrir o valor de θ.
No triângulo APB, pela Geometria plana, tem-se:
β = α + θ
θ = β – α
tg θ = tg (β – α)
tg θ | = |
|
Como tg α = mr e tg β = ms, tem-se:
tg θ | = |
|
Caso uma das retas seja vertical, teremos:
tg θ | = |
|
Dados um ponto P(xp,yp) e uma reta r de equação ax + by + c = 0 deseja-se calcular a distânia entre essa reta e o ponto dado. Para isso traçamos um segmento perpendicular a reta r passando por P.
Note que traçando uma reta vertical em xp, esta intersecta r em P(xp,yq). Até o momento são conhecidas as coordenadas xp, yp e a equação da reta r ax + by + c = 0. Visto que, o ponto Q faz parte da reta r podemos escrever a equação da reta da seguinte forma:
ax + by + c = 0
a(xp) + b(yq) + c = 0
b(yq) = – a(xp) – c
yq | = |
|
Vamos guardar essa informação.
Note que se formaram dois triângulos retângulos. Da equação reta conhecemos o coefiente angular, portanto podemos trabalhar como o ângulo α formado pela reta e o eixo das abscissas. Pelas propriedades dos triângulos sabemos que o ângulo α reaparece no triângulo superior.
Da trigonometria tem-se que:
cos α | = |
|
A equação da reta já nos fornece o coeficiente angular.
ax + by + c = 0
by = -ax – c
y = (-a/b) x – c/b
(-a/b) é o coeficiente angular da reta r. Esse mesmo coeficiente pode ser encontrado fazendo-se:
tg α | = | – |
|
1 + (tg α)² | = |
|
² | + 1 |
1 + (tg α)² | = |
|
² | + 1 |
(sec α)² | = |
|
+ | 1 |
|
= |
|
(cos α)² | = |
|
cos α | = | √ |
|
Já vimos que:
cos α | = |
|
d(P,r) = |yp – yq|.cos α.
d(P,r) | = | |yp – |
|
| | . |
|
d(P,r) | = | |yp + |
|
| | . |
|
d(P,r) | = |
|
Dados um ponto C fixo e um número real r positivo, a circunferência de centro em C e raio r, é o conjunto de todos os pontos equidistantes de C, ou ainda, o conjunto de todos os pontos cuja distancia d(CB) = r.
Na circunferência podemos observar alguns elementos fundamentais, são eles: raio, diâmetro e corda.
– Raio é a distância de qualquer ponto pertencente à circunferência até o seu centro. Ex: Figura A: segmento CB.
– Diâmetro é uma corda que passa pelo centro da circunferência. Ex: Figura B: segmento AB.
– Corda é um segmento de reta que une dois pontos de uma circunferência. Ex: Figura B: segmento CD.
Na figura acima é dada uma circunferência de centro no ponto Q(a,b) e raio r. O ponto P(x,y) genérico pertence à circunferência se, e somente se: d(Q,P) = r. Da fórmula da distância entre pontos tem-se:
dQP = √(x – a)² + (y – b)²
√(x – a)² + (y – b)² = r
Esta é a equação reduzida da circunferência, em que:
– a e b são as coordenadas do centro da circunferência;
– r é o raio da circunferência;
– x e y são as coordenadas do ponto genérico P.
Vamos desenvolver a fórmula abaixo:
(x – a)² + (y – b)² = r²
x² – 2ax + a² + y² – 2by + b² = r²
x² + y² – 2ax – 2by + a² + b² – r² = 0
Fazendo:
A = -2a
B = -2b
C = a² + b² – r²
Tem-se: