Livro de Matemática

Sumário

Teoria dos números

O que você vai estudar:
    1. Fundamentação
    2. Divisibilidade
    3. Congruência
    4. Teoria combinatória dos números
    5. Funções aritméticas
    6. Resíduos quadráticos
    7. Raízes primitivas
    8. Inteiros como soma de quadrados
    9. Frações contínuas
    10. Partições
    11. Aplicações

O que é a teoria dos números?

A teoria dos números é um ramo da matemática que estuda as propriedades e relações dos números inteiros. Ela é considerada uma das áreas mais antigas e fundamentais da matemática. A teoria dos números abrange uma vasta gama de tópicos e problemas, desde questões simples e intuitivas até problemas extremamente complexos e abstratos. Alguns dos quais incluem:

  • Números primos: Estudo dos números que são divisíveis apenas por 1 e por eles mesmos. A teoria dos números examina a distribuição dos números primos, a infinitude deles, e diversos teoremas e conjecturas relacionados, como a Conjectura de Goldbach e a Hipótese de Riemann.
  • Divisibilidade: Investigação das propriedades de divisibilidade dos inteiros, incluindo algoritmos para determinar o máximo divisor comum (MDC) e o mínimo múltiplo comum (MMC).
  • Teoria Aritmética: Análise das propriedades dos números em termos de suas representações e operações aritméticas básicas. Isso inclui a teoria das congruências, que estuda como os números se comportam sob a operação de divisão por um inteiro fixo.
  • Equações Diofantinas: Solução de equações polinomiais em números inteiros. As equações diofantinas são assim chamadas em homenagem a Diofanto de Alexandria e podem ser muito desafiadoras, com algumas delas permanecendo sem solução por séculos.
  • Funções Aritméticas: Estudo de funções que têm números inteiros como domínio e que possuem relevância para propriedades numéricas, como a função de Euler ϕ(n), que conta os inteiros até n que são co-primos com n.
  • Teoria Algébrica dos Números: Extensão da teoria dos números para os números algébricos, que são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Esta área inclui o estudo dos corpos numéricos e dos anéis de inteiros algébricos.
  • Teoria Analítica dos Números: Utilização de técnicas da análise matemática para resolver problemas sobre os números inteiros. Um exemplo famoso é a prova do teorema dos números primos, que descreve a distribuição assintótica dos números primos.
  • Teoria Transcendental dos Números: Estudo dos números transcendentes, que não são raízes de nenhuma equação polinomial com coeficientes inteiros. Exemplos clássicos incluem e e π.

A teoria dos números é uma área fascinante e rica da matemática, conhecida tanto por seus problemas aparentemente simples quanto por suas profundas conexões com outras áreas da matemática, como a álgebra, a análise e a geometria. Ela possui um histórico de grandes conjecturas e teoremas, muitos dos quais continuam a inspirar pesquisas matemáticas até os dias de hoje.

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Qual a importância da teoria dos números?

A teoria dos números, também conhecida como aritmética superior, é uma área fundamental da matemática que estuda as propriedades e relações dos números inteiros. Sua importância se estende por diversas áreas, tanto dentro da matemática quanto em outras disciplinas. Aqui estão algumas razões que destacam sua relevância:

  1. Base para outras áreas da matemática: A teoria dos números fornece fundamentos essenciais para outras áreas da matemática, como álgebra, geometria e análise. Conceitos e técnicas desenvolvidos na teoria dos números frequentemente encontram aplicações em outras disciplinas matemáticas.
  2. Criptografia e segurança da informação: A teoria dos números é crucial para a criptografia, que é a base da segurança digital moderna. Métodos criptográficos, como RSA e ECC (Elliptic Curve Cryptography), dependem de problemas difíceis na teoria dos números, como a fatoração de grandes números primos e o problema do logaritmo discreto.
  3. Teoria dos códigos: A teoria dos números é aplicada no desenvolvimento de códigos corretores de erros, que são vitais para a transmissão confiável de dados em comunicações digitais e armazenamento de dados.
  4. Computação e algoritmos: Muitos algoritmos fundamentais na ciência da computação são baseados na teoria dos números. Exemplos incluem algoritmos para encontrar o maior divisor comum (como o algoritmo de Euclides), testes de primalidade e algoritmos para fatoração de números.
  5. Matemática pura e problemas abertos: A teoria dos números está repleta de problemas desafiadores que têm fascinado matemáticos por séculos, como a Conjectura de Goldbach, a Hipótese de Riemann e o Último Teorema de Fermat (que foi provado por Andrew Wiles em 1994). A resolução desses problemas não só avança nosso conhecimento na teoria dos números, mas também pode ter implicações inesperadas em outras áreas.
  6. Aplicações em física e outras ciências: A teoria dos números tem aplicações em física teórica, particularmente em áreas como a mecânica quântica e a teoria das cordas. Propriedades dos números primos e funções aritméticas aparecem em várias fórmulas e teorias físicas.
  7. História e desenvolvimento da matemática: A teoria dos números tem uma longa história que remonta a matemáticos antigos como Euclides, Diofanto e Fermat. Estudar essa história oferece insights sobre o desenvolvimento do pensamento matemático e os métodos de resolução de problemas.
  8. Interdisciplinaridade: A teoria dos números interage com diversas outras áreas do conhecimento, como teoria dos grafos, combinatória, teoria da complexidade, entre outras. Essas interações geram novas perspectivas e técnicas que enriquecem tanto a teoria dos números quanto os campos associados.

Em resumo, a teoria dos números é uma área central da matemática com profundas implicações teóricas e práticas. Ela não só alimenta a curiosidade intelectual dos matemáticos, mas também impulsiona avanços tecnológicos e científicos em diversas áreas.

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Axiomas algébricos

O foco do estudo da teoria dos números é o conjunto dos números inteiros. Este conjunto é dotado de duas operações binárias, denominadas adição e multiplicação e representadas pelos símbolos + e . respectivamente. Estas operações satisfazem os seguintes axiomas:

  • Fechamento: Para quaisquer a e b inteiros, a + b e a . b também são inteiros.
  • Associatividade: Para todos a, b, c ∈ Z, (a + b) + c = a + (b + c) e (a . b) . c = a . (b . c).
  • Elemento neutro: Existe um elemento 0 ∈ Z tal que 0 + a = a para todo a ∈ Z e um elemento 1 ∈ Z tal que 1 . a = a para todo a ∈ Z.
  • Elemento oposto ou simetrizável: Para cada a ∈ Z, existe um elemento – a ∈ Z tal que a + (-a) = 0.
  • Distributividade: Para todo a, b, c ∈ Z, temos a .(b + c) = ab + ac.
  • Comutatividade: Para todo a, b ∈ Z, a + b = b + a e a . b = b . a.

Axiomas de ordem

Definição 1

Sejam a e b ∈ Z, dizemos que a ≤ b se existir um r ∈ N*, tal que b = a + r.

Exemplos: 2 ≤ 5, pois 5 – 2 = 3, ou seja, 5 = 2 + 3. 4 ≤ 4, pois 4 – 4 = 0.

Definição 2 – Tricotomia

Para quaisquer dois inteiros a e b, uma das condições é satisfeita:

a < b ou b < a ou b = a

Esse axioma garante que sempre podemos comparar dois números inteiros de uma maneira clara e distinta.

Definição 3

  • Reflexividade: Para cada a ∈ Z, a ≤ a.
  • Antissimetria: Para todo a, b ∈ Z, se a ≤ b e b ≤ a, então a = b.
  • Transitividade: Para todo a, b, c ∈ Z, se a ≤ b e b ≤ c, então a ≤ c.

Definição 4

Sejam a, b, c , d ∈ Z, então:

  • Se a ≤ b, então a ± c ≤ b ± c.
  • Se a < b e c > 0, então ac < bc.
  • Se a < b e c < 0, então ac > bc.
  • Se 0 < a < b e 0 < c < d, então ac < bd.
  • Se a ≠ 0, então a² > 0.
  • Se a, b > 0 e a² < b², então a < b.

Definição 5 – Valor absoluto

Dado a ∈ Z, definimos o valor absoluto de a sendo:

|a| = a se a > 0
|a| = -a se a ≤ 0

Exemplo: |5| = 5, |-3| = -(-3) = 3

O resultado do módulo é sempre positivo.

  • |a| ≥ 0 e |a| = 0 se, e somente se, a = 0.
  • -|a| ≤ a ≤ |a|
  • |-a| = |a|
  • |ab| = |a|.|b|
  • |a + b| ≤ |a| + |b| (desigualdade triangular)
  • ||a|-|b|| < |a – b|

Definição 6

Dado A ⊂ Z um subconjunto dos inteiros, dizemos que A é limitado inferiormente se existir um k ∈ Z tal que k ≤ a ∀ a ∈ A. Dessa forma, o conjunto A é um conjunto que possui limite inferior, mas não há limite superior. Exemplos:

A = {3, 6, 9, 12, 15, …} ou [3,∞)

Da mesma forma, um conjunto pode ser limitado superiormente. Também podemos afirmar que todo conjunto não vazio A ⊂ Z limitado inferiormente possui elemento mínimo. Seguindo o mesmo raciocínio, todo conjunto não vazio A ⊂ Z limitado superiormente possui elemento máximo.

Definição 7 – Propriedade Arquimediana

Dados a, b ∈ N, existe n ∈ N tal que n . a > b.
A propriedade arquimediana, no contexto dos números inteiros, é uma característica fundamental que se refere ao comportamento dos números inteiros na linha numérica. Em termos simples, ela afirma que, dado qualquer número inteiro positivo, por maior que ele seja, podemos sempre encontrar outro número inteiro positivo que, multiplicado por um número inteiro suficientemente grande, será maior que qualquer número inteiro dado.

Exemplo:
Suponha que a = 2 e b = 100:

  • De acordo com a propriedade arquimediana, existe um número inteiro n tal que n . 2 > 100.
  • Se escolhermos n = 51, então 51 * 2 = 102, que é maior do que 100.

A intuição por trás dessa propriedade é que não importa o quão grande seja um número bb, multiplicando um número inteiro positivo aa por números inteiros suficientemente grandes, podemos sempre alcançar ou ultrapassar bb. Isso reflete a ideia de que os números inteiros são ilimitados na direção positiva e negativa.

A propriedade arquimediana é crucial em várias áreas da matemática, pois assegura que não existem “lacunas” nos números inteiros quando multiplicados por números suficientemente grandes. Essa propriedade é também uma base para definir e entender os conceitos de limites e convergência em contextos mais avançados da análise matemática.

Definição 8 – Paridade

Dizemos que um número inteiro a é par se existir um elemento k também inteiro tal que a = 2k. De igual forma, um inteiro a é dito ímpar se existir um inteiro k  tal que a = 2k + 1. Portanto, dado um a ∈ Z, temos que a é par ou a é ímpar, não havendo outra possibilidade. O conjunto dos números inteiros é a união disjunta entre o conjunto dos inteiros pares e o conjunto dos inteiros ímpares.

Indução finita

A indução finita é uma técnica de demonstração matemática usada para provar que uma certa propriedade é verdadeira para todos os números naturais. Podemos usar como analogia uma fileira infinita de peças de dominó. Se dizemos que a primeira peça cai, com a garantia de que a queda de uma peça implica a queda da peça seguinte, teremos a certeza de que todas as peças cairão. Vejamos alguns exemplos:

Primeira Forma

Exemplo 1

Seja a ∈ N, e P uma propriedade, temos que:

  1. P(a) é verdadeira.
  2. Para k ≥ a, se P(k) é verdadeira, então P(k + 1) é verdadeira.

Nessas condições, P(n) é verdadeira para todo n ≥ a.

Exemplo 2

Seja a ∈ N, consideramos S o conjunto com as seguintes propriedades:

  1. a ∈ S.
  2. Para k ≥ a, se k ∈ S, então k + 1 ∈ S.

Nessas circunstâncias, S é o conjunto de todos os naturais maiores ou iguais a a.

Exemplos Resolvidos

  1. Dado n ∈ N, temos:

    0 + 1 + 2 + … + n =
    n (n + 1)
    2

    Primeiro devemos provar que a propriedade é verdadeira para o primeiro
    elemento, ou seja, o zero.

    0 =
    0 (0 + 1)
    2
    = 0

    Agora, assumimos que, para um k ∈ N a propriedade também é válida.
    Dessa forma temos:

    0 + 1 + 2 + … + k =
    k (k + 1)
    2

    Vamos agora provar a propriedade para um elemento k + 1. Já sabemos provar
    até um certo k.

    0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 =
    k (k + 1)
    2
    + k + 1
    0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 =
    k (k + 1)
    2
    +
    2 (k + 1)
    2
    0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 =
    (k + 1)(k + 2)
    2
    0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 =
    (k + 1)((k + 1) + 1)
    2

Estatística

O que você vai estudar:
    1. Medidas de posição

Medidas de posição

Medidas de posição ou de tendência central são valores únicos com o objetivo de representar o conjunto de dados como um todo. As mais utilizadas são: Média, Mediana e Moda.

Média

Média aritmética
Encontramos a média aritmética somando os valores dos dados e dividindo pelo número de obserações.
Temos dois tipos de média: a média populacional e a média amostral.

Os pesos de uma amostra de adultos foi coletada para um estudo. Qual é o peso médio dessa amostra?

87,52; 88,53; 69,29; 65,19; 81,38; 83,40; 71,19

Visto que o exemplo trata de uma amostra vamos utilizar a fórmula da média amostral.

x =
(87,52 + 88,53 + 69,29 + 65,19 + 81,38 + 83,40 + 71,19)
7
= 78,07

Portanto, o peso médio de um adulto será de 78,07 kg.

Média geométrica

A média geométrica tem grandes aplicações em situações de acumulação de aumento ou decrescimento percentual.

Dado um conjunto A = {2,8,16,32} qual é a média geométrica dos elementos desse conjunto?
O conjunto A possui 4 elementos, logo a fórmula da média geométrica será:

g = 4√ (2*8*16*32)
g = 4√ (2 . 2³ . 24 . 25)
g = 4√ (24 . 24 . 24 . 2)
g = 8 4√ 2 ≅ 9,51


Uma empresa teve um crescimento de 30% no primeiro ano, 15% no segundo ano e 20% no terceiro ano. Qual foi a taxa média de crescimento dessa empresa?

g = 3√ (1,30*1,15*1,2) ≅ 1,2150

Portanto, a taxa de crescimento da empresa foi de 21,5%.

Se quisermos tirar a prova podemos fazer:

Suponhamos que a empresa vendeu 100 mil unidades monetárias. Vamos aplicar os crescimentos sucessivos encima desse valor.

100 → cresceu 30% → 130% → cresceu +15% → 149,5% → cresceu +20% → 179,4%

Agora vamos usar o crescimento médio.

100 → cresceu 21,5% → 121,5% → cresceu +21,5% → 147,62% → cresceu +21,5% → 179,4%

Mediana

A mediana divide um conjunto de dados ao meio. Para encontrarmos a mediana devemos ordenar os dados e então procurar o valor central. Se o conjunto tiver um número ímpar de dados a mediana será o valor central, caso o conjunto apresente um valor par de elementos a mediana será calculada fazendo-se a média aritmética dos dois elementos centrais.
A tabela abaixo apresenta o preço de um determinado produto nos sete supermercados de uma cidade. Qual é o preço mediano desse produto?

  • R$ 11,44
  • R$ 10,82
  • R$ 6,78
  • R$ 7,81
  • R$ 7,79
  • R$ 10,51
  • R$ 5,18

Vamos inicialmente ordenar os valores encontrados.

R$ 5,18 R$ 6,78 R$ 7,79 R$ 7,81 R$ 10,51 R$ 10,82 R$ 11,44

Veja que o valor R$ 7,81 divide o conjunto de preços ao meio. Já que o conjunto apresenta um valor ímpar de elementos é só procurarmos o valor central no rol de dados.
Com base na mediana podemos concluir que 50% dos valores são menores do que R$ 7,81 e 50% dos valores são maiores do que R$ 7,81.

Vamos incluir na pesquisa de preço mais um supermercado, portanto nossa lista terá mais um preço.

  • R$ 11,44
  • R$ 10,82
  • R$ 6,78
  • R$ 7,81
  • R$ 7,79
  • R$ 10,51
  • R$ 5,18
  • R$ 8,90

Ordenando os dados teremos:

R$ 5,18 R$ 6,78 R$ 7,79 R$ 7,81 R$ 8,90 R$ 10,51 R$ 10,82 R$ 11,44

Visto que temos 8 elementos, um número par, a mediana será calculada fazendo-se a média aritmética dos dois valores centrais.

Med =
7,81 + 8,90
2
= 8,35

Portanto, o preço mediano nessa nova situação será R$ 8,35.

Distribuição discreta de probabilidade

Vamos iniciar esse conceito com um experimento. Vamos lançar uma moeda honesta duas vezes e anotar os resultados. Quais são os possíveis resultados?
(K,C) Podemos ter cara (K) no 1º lançamento e coroa (C) no segundo lançamento.
(C,K) Podemos ter coroa (C) no 1º lançamento e cara (K) no segundo lançamento.
(K,K) Podemos ter cara (K) no 1º lançamento e cara (K) no segundo lançamento.
(C,C) Podemos ter coroa (C) no 1º lançamento e coroa (C) no segundo lançamento.

Seja X a variável aleatória responsável por avaliar a condição “Obter cara no experimento”.
Note que X pode assumir valores diferentes, portanto ao lançarmos uma moeda duas vezes podemos obter 0, 1 ou 2 caras.

X = {0,1,2}

Diante do resultado do experimento podemos questionar:
• Qual a probabilidade de se obter 1 cara?
• Qual a probabilidade de se obter pelos menos 1 cara?

X=xi P(X=xi)
0 1/4
1 2/4
2 1/4

De acordo com a tabela podemos responder às perguntas:
• Qual a probabilidade de se obter 1 cara?

P(X=1) = 2/4 ou 1/2 (50%) → são dois resultados possíveis dividido pelo total de possibilidades.

• Qual a probabilidade de se obter pelos menos 1 cara?

P(X >= 1) = 3/4 ou 75%

(Estatística Aplicada: Larson & Farber pag 179)
Dessa forma, uma distribuição discreta de probabilidade lista cada valor possível que a
variável aleatória pode assumir, com sua respectiva probabilidade.

Uma distribuição de probabilidade discreta deve obedece às seguintes condições:

• A probabilidade de cada valor da variável aleatória discreta está entre 0 e 1, inclusive.
• A soma de todas as probabilidades é 1.

Estruturas algébricas

O que você vai estudar:
      1. Operações binárias
      2. Estruturas algébricas

Operações binárias

Considere um conjunto qualquer A não vazio e utilizando uma operação * (estrela) vamos aplicar esta operação a dois elementos genéricos desse conjunto.

*. AxA → A
(x,y) → A = x * y

Tem-se a operação * (estrela) aplicada ao conjunto A cartesiano A.O resultado dessa aplicação também está em A.
A operação é realizada em dois elementos quaisquer de A. x * y é lido como x operado com y.

Operação de adição em N
A operação de adição é interna ou fechada em N, ou seja, ela está bem definida, já que ao realizar a operação de adição com qualquer elemento de N sempre teremos como resultado um elemento de N.

+. NxN → N
(x,y) → N = x + y ∈ N ∀ x, y ∈ N

Operação de subtração em N
A operação de subtração em N não está totalmente definida.

-. NxN → N
(x,y) → N = x – y

O resultado da operação x – y só pertence a N quando x > y, caso contrário teremos um número negativo. E como sabemos o conjunto dos Naturais não comporta números dessa natureza.

Propriedades das operações binárias

Comutativa
Seja (A,*) um conjunto A munido da operação * e seja (x,y) dois elementos quaisquer desse conjunto. Dizemos que a operação * é comutativa quando x * y = y * x.

Associativa
Uma operação é dita associativa quando x * (y * z) = (x * y) * z.

Elemento neutro
Uma operação admite elemento neutro quando x * e = e * x = x, ∀ x ∈ A.

Elemento simétrico
Uma operação admite elemento simétrico quando x * x-1 = e , ∀ x ∈ A. Isso quer dizer que ao operarmos um elemento qualquer do conjunto A com seu simétrico sempre teremos como resultado o elemento neutro.

Distributiva
Uma operação é dita distributiva quando x ⚀(y Δ z) = (x ⚀ y) Δ (x ⚀ z), ∀ x, y e z ∈ A.

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