A teoria dos números é um ramo da matemática que estuda as propriedades e relações dos números inteiros. Ela é considerada uma das áreas mais antigas e fundamentais da matemática. A teoria dos números abrange uma vasta gama de tópicos e problemas, desde questões simples e intuitivas até problemas extremamente complexos e abstratos. Alguns dos quais incluem:
A teoria dos números é uma área fascinante e rica da matemática, conhecida tanto por seus problemas aparentemente simples quanto por suas profundas conexões com outras áreas da matemática, como a álgebra, a análise e a geometria. Ela possui um histórico de grandes conjecturas e teoremas, muitos dos quais continuam a inspirar pesquisas matemáticas até os dias de hoje.
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A teoria dos números, também conhecida como aritmética superior, é uma área fundamental da matemática que estuda as propriedades e relações dos números inteiros. Sua importância se estende por diversas áreas, tanto dentro da matemática quanto em outras disciplinas. Aqui estão algumas razões que destacam sua relevância:
Em resumo, a teoria dos números é uma área central da matemática com profundas implicações teóricas e práticas. Ela não só alimenta a curiosidade intelectual dos matemáticos, mas também impulsiona avanços tecnológicos e científicos em diversas áreas.
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O foco do estudo da teoria dos números é o conjunto dos números inteiros. Este conjunto é dotado de duas operações binárias, denominadas adição e multiplicação e representadas pelos símbolos + e . respectivamente. Estas operações satisfazem os seguintes axiomas:
Definição 1
Sejam a e b ∈ Z, dizemos que a ≤ b se existir um r ∈ N*, tal que b = a + r.
Exemplos: 2 ≤ 5, pois 5 – 2 = 3, ou seja, 5 = 2 + 3. 4 ≤ 4, pois 4 – 4 = 0.
Definição 2 – Tricotomia
Para quaisquer dois inteiros a e b, uma das condições é satisfeita:
a < b ou b < a ou b = a
Esse axioma garante que sempre podemos comparar dois números inteiros de uma maneira clara e distinta.
Definição 3
Definição 4
Sejam a, b, c , d ∈ Z, então:
Definição 5 – Valor absoluto
Dado a ∈ Z, definimos o valor absoluto de a sendo:
|a| = a se a > 0
|a| = -a se a ≤ 0
Exemplo: |5| = 5, |-3| = -(-3) = 3
O resultado do módulo é sempre positivo.
Definição 6
Dado A ⊂ Z um subconjunto dos inteiros, dizemos que A é limitado inferiormente se existir um k ∈ Z tal que k ≤ a ∀ a ∈ A. Dessa forma, o conjunto A é um conjunto que possui limite inferior, mas não há limite superior. Exemplos:
A = {3, 6, 9, 12, 15, …} ou [3,∞)
Da mesma forma, um conjunto pode ser limitado superiormente. Também podemos afirmar que todo conjunto não vazio A ⊂ Z limitado inferiormente possui elemento mínimo. Seguindo o mesmo raciocínio, todo conjunto não vazio A ⊂ Z limitado superiormente possui elemento máximo.
Definição 7 – Propriedade Arquimediana
Dados a, b ∈ N, existe n ∈ N tal que n . a > b.
A propriedade arquimediana, no contexto dos números inteiros, é uma característica fundamental que se refere ao comportamento dos números inteiros na linha numérica. Em termos simples, ela afirma que, dado qualquer número inteiro positivo, por maior que ele seja, podemos sempre encontrar outro número inteiro positivo que, multiplicado por um número inteiro suficientemente grande, será maior que qualquer número inteiro dado.
Exemplo:
Suponha que a = 2 e b = 100:
A intuição por trás dessa propriedade é que não importa o quão grande seja um número bb, multiplicando um número inteiro positivo aa por números inteiros suficientemente grandes, podemos sempre alcançar ou ultrapassar bb. Isso reflete a ideia de que os números inteiros são ilimitados na direção positiva e negativa.
A propriedade arquimediana é crucial em várias áreas da matemática, pois assegura que não existem “lacunas” nos números inteiros quando multiplicados por números suficientemente grandes. Essa propriedade é também uma base para definir e entender os conceitos de limites e convergência em contextos mais avançados da análise matemática.
Definição 8 – Paridade
Dizemos que um número inteiro a é par se existir um elemento k também inteiro tal que a = 2k. De igual forma, um inteiro a é dito ímpar se existir um inteiro k tal que a = 2k + 1. Portanto, dado um a ∈ Z, temos que a é par ou a é ímpar, não havendo outra possibilidade. O conjunto dos números inteiros é a união disjunta entre o conjunto dos inteiros pares e o conjunto dos inteiros ímpares.
A indução finita é uma técnica de demonstração matemática usada para provar que uma certa propriedade é verdadeira para todos os números naturais. Podemos usar como analogia uma fileira infinita de peças de dominó. Se dizemos que a primeira peça cai, com a garantia de que a queda de uma peça implica a queda da peça seguinte, teremos a certeza de que todas as peças cairão. Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 1
Seja a ∈ N, e P uma propriedade, temos que:
Nessas condições, P(n) é verdadeira para todo n ≥ a.
Exemplo 2
Seja a ∈ N, consideramos S o conjunto com as seguintes propriedades:
Nessas circunstâncias, S é o conjunto de todos os naturais maiores ou iguais a a.
Exemplos Resolvidos
0 + 1 + 2 + … + n | = |
|
Primeiro devemos provar que a propriedade é verdadeira para o primeiro
elemento, ou seja, o zero.
0 | = |
|
= | 0 |
Agora, assumimos que, para um k ∈ N a propriedade também é válida.
Dessa forma temos:
0 + 1 + 2 + … + k | = |
|
Vamos agora provar a propriedade para um elemento k + 1. Já sabemos provar
até um certo k.
0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 | = |
|
+ | k + 1 |
0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 | = |
|
+ |
|
0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 | = |
|
0 + 1 + 2 + … + k + k + 1 | = |
|
Um subconjunto de um conjunto A é um conjunto cujos elementos são todos pertencentes ao conjunto A. Em outras palavras, se B é um subconjunto de A, então todo elemento de B também é um elemento de A. Matematicamente, isso é escrito como B ⊆ A.
Exemplos
Se A = {1,2,3}, então {1,2}, {2}, {1,3}, e até mesmo o conjunto vazio {} são
subconjuntos de A.
Quantidade de subconjuntos
A quantidade de subconjuntos de um conjunto A com n elementos pode ser
calculada usando a fórmula 2n. Isso ocorre porque cada elemento do
conjunto pode ou não estar em um subconjunto específico, resultando em 2
opções (incluir ou não incluir o elemento) para cada um dos n elementos.
Exemplo
Vamos considerar o conjunto A com 3 elementos: A = {a,b,c}.
No total teremos 8 subconjuntos. Usando a fórmula temos 2³ = 8, onde o
expoente equivale a quantidade de elementos do conjunto. Do exposto acima
vamos analisar a correspondência com o número binomial. Dados dois números n,
k ∈ N denotamos
|
= |
|
como o número de subconjuntos de k elementos de um conjunto de n elementos. A
estrutura acima pode ser lida como “combinações de n elementos tomados k a k”.
No exemplo acima temos 3 subconjuntos com 1 elemento.
|
= | 3 |
Temos também 3 subconjuntos com 2 elementos.
|
= | 3 |
Medidas de posição ou de tendência central são valores únicos com o objetivo de representar o conjunto de dados como um todo. As mais utilizadas são: Média, Mediana e Moda.
Média aritmética
Encontramos a média aritmética somando os valores dos dados e dividindo pelo número de obserações.
Temos dois tipos de média: a média populacional e a média amostral.
µ | = |
|
x | = |
|
Os pesos de uma amostra de adultos foi coletada para um estudo. Qual é o peso médio dessa amostra?
87,52; 88,53; 69,29; 65,19; 81,38; 83,40; 71,19
Visto que o exemplo trata de uma amostra vamos utilizar a fórmula da média amostral.
x | = |
|
= | 78,07 |
Portanto, o peso médio de um adulto será de 78,07 kg.
Média geométrica
A média geométrica tem grandes aplicações em situações de acumulação de aumento ou decrescimento percentual.
Dado um conjunto A = {2,8,16,32} qual é a média geométrica dos elementos desse conjunto?
O conjunto A possui 4 elementos, logo a fórmula da média geométrica será:
g = 4√ (2*8*16*32)
g = 4√ (2 . 2³ . 24 . 25)
g = 4√ (24 . 24 . 24 . 2)
g = 8 4√ 2 ≅ 9,51
Uma empresa teve um crescimento de 30% no primeiro ano, 15% no segundo ano e 20% no terceiro ano. Qual foi a taxa média de crescimento dessa empresa?
g = 3√ (1,30*1,15*1,2) ≅ 1,2150
Portanto, a taxa de crescimento da empresa foi de 21,5%.
Se quisermos tirar a prova podemos fazer:
Suponhamos que a empresa vendeu 100 mil unidades monetárias. Vamos aplicar os crescimentos sucessivos encima desse valor.
100 → cresceu 30% → 130% → cresceu +15% → 149,5% → cresceu +20% → 179,4%
Agora vamos usar o crescimento médio.
100 → cresceu 21,5% → 121,5% → cresceu +21,5% → 147,62% → cresceu +21,5% → 179,4%
A mediana divide um conjunto de dados ao meio. Para encontrarmos a mediana devemos ordenar os dados e então procurar o valor central. Se o conjunto tiver um número ímpar de dados a mediana será o valor central, caso o conjunto apresente um valor par de elementos a mediana será calculada fazendo-se a média aritmética dos dois elementos centrais.
A tabela abaixo apresenta o preço de um determinado produto nos sete supermercados de uma cidade. Qual é o preço mediano desse produto?
Vamos inicialmente ordenar os valores encontrados.
R$ 5,18 R$ 6,78 R$ 7,79 R$ 7,81 R$ 10,51 R$ 10,82 R$ 11,44
Veja que o valor R$ 7,81 divide o conjunto de preços ao meio. Já que o conjunto apresenta um valor ímpar de elementos é só procurarmos o valor central no rol de dados.
Com base na mediana podemos concluir que 50% dos valores são menores do que R$ 7,81 e 50% dos valores são maiores do que R$ 7,81.
Vamos incluir na pesquisa de preço mais um supermercado, portanto nossa lista terá mais um preço.
Ordenando os dados teremos:
R$ 5,18 R$ 6,78 R$ 7,79 R$ 7,81 R$ 8,90 R$ 10,51 R$ 10,82 R$ 11,44
Visto que temos 8 elementos, um número par, a mediana será calculada fazendo-se a média aritmética dos dois valores centrais.
Med | = |
|
= | 8,35 |
Portanto, o preço mediano nessa nova situação será R$ 8,35.
Vamos iniciar esse conceito com um experimento. Vamos lançar uma moeda honesta duas vezes e anotar os resultados. Quais são os possíveis resultados?
(K,C) Podemos ter cara (K) no 1º lançamento e coroa (C) no segundo lançamento.
(C,K) Podemos ter coroa (C) no 1º lançamento e cara (K) no segundo lançamento.
(K,K) Podemos ter cara (K) no 1º lançamento e cara (K) no segundo lançamento.
(C,C) Podemos ter coroa (C) no 1º lançamento e coroa (C) no segundo lançamento.
Seja X a variável aleatória responsável por avaliar a condição “Obter cara no experimento”.
Note que X pode assumir valores diferentes, portanto ao lançarmos uma moeda duas vezes podemos obter 0, 1 ou 2 caras.
X = {0,1,2}
Diante do resultado do experimento podemos questionar:
• Qual a probabilidade de se obter 1 cara?
• Qual a probabilidade de se obter pelos menos 1 cara?
X=xi | P(X=xi) |
---|---|
0 | 1/4 |
1 | 2/4 |
2 | 1/4 |
De acordo com a tabela podemos responder às perguntas:
• Qual a probabilidade de se obter 1 cara?
P(X=1) = 2/4 ou 1/2 (50%) → são dois resultados possíveis dividido pelo total de possibilidades.
• Qual a probabilidade de se obter pelos menos 1 cara?
P(X >= 1) = 3/4 ou 75%
(Estatística Aplicada: Larson & Farber pag 179)
Dessa forma, uma distribuição discreta de probabilidade lista cada valor possível que a
variável aleatória pode assumir, com sua respectiva probabilidade.
Uma distribuição de probabilidade discreta deve obedece às seguintes condições:
• A probabilidade de cada valor da variável aleatória discreta está entre 0 e 1, inclusive.
• A soma de todas as probabilidades é 1.
Considere um conjunto qualquer A não vazio e utilizando uma operação * (estrela) vamos aplicar esta operação a dois elementos genéricos desse conjunto.
Operação de adição em N
A operação de adição é interna ou fechada em N, ou seja, ela está bem definida, já que ao realizar a operação de adição com qualquer elemento de N sempre teremos como resultado um elemento de N.
+. NxN → N
(x,y) → N = x + y ∈ N ∀ x, y ∈ N
Operação de subtração em N
A operação de subtração em N não está totalmente definida.
-. NxN → N
(x,y) → N = x – y
O resultado da operação x – y só pertence a N quando x > y, caso contrário teremos um número negativo. E como sabemos o conjunto dos Naturais não comporta números dessa natureza.
Comutativa
Seja (A,*) um conjunto A munido da operação * e seja (x,y) dois elementos quaisquer desse conjunto. Dizemos que a operação * é comutativa quando x * y = y * x.
Associativa
Uma operação é dita associativa quando x * (y * z) = (x * y) * z.
Elemento neutro
Uma operação admite elemento neutro quando x * e = e * x = x, ∀ x ∈ A.
Elemento simétrico
Uma operação admite elemento simétrico quando x * x-1 = e , ∀ x ∈ A. Isso quer dizer que ao operarmos um elemento qualquer do conjunto A com seu simétrico sempre teremos como resultado o elemento neutro.
Distributiva
Uma operação é dita distributiva quando x ⚀(y Δ z) = (x ⚀ y) Δ (x ⚀ z), ∀ x, y e z ∈ A.