A figura acima representa o tão conhecido plano cartesiano que tudo indica ter sido uma contribuição de René Descartes. Descartes foi capaz de fundir a álgebra e a geometria criando fórmulas e números com os quais era possível alternar entre as duas. O gráfico acima representa um plano bidimensional onde cada ponto pode ser descrito por dois números, ou um par ordenado, um que dá a posição horizontal e o segundo que dá a posição vertical. Na figura o ponto P(a,b) é representado pelos números reais a (indicando a posição horizontal no eixo das abscissas) e b (indicando a posição vertical no eixo das ordenadas).
Veja no gráfico abaixo como é incrível poder entender o que Descartes propôs.
No gráfico perceba o ponto P(a,b) movendo-se e descrevendo uma trajetória com formato circular. A medida que o ponto vai se movendo ao longo do círculo, as suas coordenadas mudam. Além disso é possível criar uma equação que identifica os valores variáveis destes números em qualquer ponto da figura.
No caso dos números complexos a ideia foi associar ao número complexo z = a + bi o ponto P(a,b) do plano cartesiano xOy, onde, por convenção marcamos a parte real de z no eixo horizontal e a parte imaginária de z no eixo vertical.
O ponto P(a,b) é chamado de afixo ou imagem geométrica de z.
Por meio da figura abaixo seremos capazes de identificar e definir os conceitos de módulo e argumento de um número complexo.
Dado um número complexo genérico z = a + bi, podemos representá-lo num plano cartesiano conforme figura acima. A parte real de z está indicada no eixo horizontal e a parte imaginária no eixo vertical. A distância do ponto P(a,b) até a origem e indicada pela letra ρ (letra grega que se lê: “rô”) é o módulo do número complexo.
Note que ρ é obtido aplicando o teorema de Pitágoras onde ρ² = a² + b².
A medida do ângulo θ formado por ρ com o eixo real é o argumento do número complexo z. O ângulo θ deve satisfazer a condição 0 ≤ θ < 2π.
Observe que:
sen θ = |
|
cos θ = |
|
Os números ρ e θ são as coordenadas polares do ponto P(a,b) do plano e determinam a posição do ponto no plano.
(Facs-BA) Encontre o módulo do complexo
1 + 2i + i(1 – i) – |
|
. |
1 – 2i + i – i² – |
|
1 – i + 1 – |
|
2 – i – |
|
2 – |
|
– i |
2 – |
|
2 – |
|
2 – |
|
|
|
|
O que temos aqui é a divisão de dois números complexos. Podemos então usar a regra da divisão.
|
|
|
= i |
O número complexo representado pela expressão
1 + 2i + i(1 – i) – |
|
= i |
Então, z = i. Seu módulo será ρ = √a² + b² ⇒ ρ = √0² + 1² = 1.
Dado um número complexo z = a + bi, vimos que o argumento θ satifaz as seguintes condições:
sen θ = |
|
⇒ b = ρ*senθ |
cos θ = |
|
⇒ a = ρ*cosθ |
A forma trigonométrica ou polar é apenas uma consequência dos conceitos anteriores. Quando substituimos a e b por ρ*cosθ e ρ*senθ, respectivamente, obtemos a forma trigonométrica.
z = a + bi
z = ρ*cosθ + ρ*senθ i
z = ρ(cosθ + i*senθ)
Passar para a forma trigonométrica o número complexo z = 1 + √3 i.
A forma trigonométrica de um número complexo é do tipo z = ρ(cosθ + i*senθ), onde:
a = ρ*cosθ
b = ρ*senθ
ρ = √a² + b²
ρ = √ 1² + (√3)²
ρ = √ 1 + 3
ρ = √ 4
ρ = 2
cosθ = |
|
cosθ = |
|
senθ = |
|
senθ = |
|
Logo, θ = π/3.
Portanto, o número complexo z = 1 + √3 i na forma trigonométrica será:
z = 2(cosπ/3 + i.senπ/3)
Passar para a forma algébrica o número complexo z = 2(cosπ/6 + i . senπ/6).
Agora devemos fazer o processo inverso.
Vamos comparar o número complexo que temos com o número complexo geral na forma trigonométrica.
z = 2(cosπ/6 + i . senπ/6)
z = ρ(cosθ + i . senθ)
Daqui podemos retirar algumas informações importantes:
ρ = 2
θ = π/6
Um número complexo genérico na forma algébrica é dado como z = a + bi.
a = ρcosθ → a = 2*cosπ/6 → a = 2*√3 / 2 → a = √3
b = ρsenθ → b = 2*senπ/6 → b = 2*1/2 → b = 1
z = √3 + i
Dados dois números complexos z1 = ρ1(cosθ + i*senθ) e z2 = ρ2(cosβ + i*senβ), a multiplicação z1 * z2 = ρ1*ρ2[cos(θ + β) + isen(θ + β)].
Dados dois números complexos z1 = ρ1(cosθ + i*senθ) e z2 = ρ2(cosβ + i*senβ), a divisão será:
|
= |
|
cos(θ – β) + isen(θ – β) |
Dado um número complexo z = ρ(cosθ + i*senθ), ao elevarmos z ao expoente n teremos zn = ρn(cos(nθ)+isen(nθ)).
A fórmula acima é devida ao matemático francês Abraham de Moivre e é chamada de Fórmula de Moivre.
Dado um número complexo z = ρ(cosθ + i*senθ) e o número natural n (n ≥ 2), então poderemos encontrar n raízes enésimas de z. Estas raízes serão da forma:
zk | = | n√ρ | cos( |
|
+k |
|
) | + | isen( |
|
+k |
|
) |
K = 0,1,2, …, n-1
Por exemplo:
3√1 | = | 1 | |||||||
|
|||||||||
|
P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0
Um polinômio é um elemento matemático que possui a estrutura acima. Note que:
– an, an – 1, an – 2, …, a2, a1 e a0 são números complexos e são chamados de coeficientes do polinômio.
– n ∈ N, ou seja, não são considerados polinômios, estruturas semelhantes a P(x) onde o expoente de x seja fracionário ou negativo.
– x pertence ao conjunto dos números complexos e é a variável do polinômio.
– perceba que tanto no coeficiente a quanto na variável x os índices e expoentes começam em n e vão diminuindo até zero.
O grau de um polinômio é o valor máximo que o expoente n assume. Logo:
– A(x) = x³ – x² + x – 1 possui grau 3 e escrevemos gr(A) = 3, ou seja, o valor máximo de n foi 3.
– B(x) = 3ix5 possui grau 5 e escrevemos gr(B) = 5.
Para entendermos esse conceito vamos recorrer ao polinômio genérico P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + …+ a1x + a0. Agora vamos substituir o x por α, ficando assim P(α) = anαn + an – 1αn – 1 + …+ a1α + a0. Então, podemos concluir que o valor numérico de um polinômio é o valor obtido quando se substitui a variável x por outro valor qualquer e se efetua as operações indicadas pela expressão.
Veja como é fácil encontrar o valor numérico de p(x) = x² – x + 1 quando substituimos x por 2. p(2) = 2² – 2 + 1 ⇒ p(2) = 3. Portanto:
– 3 é o valor numérico de p(x) para x = 2.
– Este valor 3 é a imagem de 2 pela função polinomial p(x).
– Se p(α) = 0, o número α é dito raiz ou zero de p(x).
Dado um polinômio genérico P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0, diz-se que P(x) é identicamente nulo, se todos os seus coeficientes forem nulos. Desta forma P(x) ≡ 0 (lê-se P(x) é idêntico a zero).
Encontre os valores de a, b, c e d, de modo que: (a – b – c + d)x³ + (2b – c)x² + (c – d)x + 4d – 8 ≡ 0.
O exercício informou que o polinômio (a – b – c + d)x³ + (2b – c)x² + (c – d)x + 4d – 8 é idêntico a zero, ou seja, todos os seus coeficientes são nulos. Logo:
a – b – c + d = 0
2b – c = 0
c – d = 0
4d – 8 = 0
Da última equação temos que:
4d – 8 = 0 ⇒ 4d = 8 ⇒ d = 2.
c – d = 0 ⇒ c = d ⇒ c = 2.
2b – c = 0 ⇒ 2b = c ⇒ 2b = 2 ⇒ b = 1.
a – b – c + d = 0 ⇒ a – 1 – 2 + 2 = 0 ⇒ a – 1 = 0 ⇒ a = 1.
Sejam os polinômios A(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0 e B(x) = bnxn + bn – 1xn – 1 + bn – 2xn – 2 + … + b2x2 + b1x + b0. A(x) será igual ou idêntico a B(x), ou seja, A(x) ≡ B(x) se todos os coeficientes de A(x) forem iguais aos coeficientes de B(x). Veja o esquema abaixo:
A(x) ≡ B(x)
anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0 ≡ bnxn + bn – 1xn – 1 + bn – 2xn – 2 + … + b2x2 + b1x + b0
A(x) – B(x) ≡ 0
(an – bn)xn + (an – 1 – bn – 1)xn – 1 + (an – 2 – bn – 2)xn – 2 + … + (a2 – b2)x2 + (a1 – b1)x + (a0 – b0) ≡ 0. Logo:
an = bn
an – 1 = bn – 1
an – 2 = bn – 2
a2 = b2
a1 = b1
a0 = b0
(EEM-SP) Determine os valores de p e q na identidade: 2x + 13 ≡ p(x + 2) – q(1 – x).
Se 2x + 13 ≡ p(x + 2) – q(1 – x), então os coeficientes do polinômio da esquerda são iguais aos coeficientes do polinômio da direita. Vamos reescrever a expressão.
2x + 13 ≡ px + 2p – q + qx
2x + 13 ≡ px + qx + 2p – q
2x + 13 ≡ (p + q)x + 2p – q
A partir daqui montamos um sistema para facilitar os cálculos.
|
Somando as duas equações a variável q irá se anular. Logo:
3p = 15 ⇒ p = 5
substituindo o valor de p na equação p + q = 2 temos:
5 + q = 2 ⇒ q = -3
Solução: p = 5 e q = -3
Sabendo que
|
+ |
|
≡ |
|
, calulcar A e B.
Na expressão acima note que x² – x – 2 = (x + 1)(x – 2), desta forma podemos reescrever a expressão como:
|
+ |
|
≡ |
|
|
+ |
|
≡ |
|
A(x – 2) + B(x + 1) ≡ – x + 8
Ax – 2A + Bx + B ≡ – x + 8
Ax + Bx – 2A + B ≡ – x + 8
(A + B)x – 2A + B ≡ – x + 8
Visto que, (A + B)x – 2A + B é idêntico a – x + 8, podemos montar o sistema abaixo:
|
Multiplicando a primeira equação por (-1) temos:
|
E somando-se as duas equações temos:
– 3A = 9 ⇒ A = -3
Substituindo o valor de A na equação A + B = -1 temos:
-3 + B = -1 ⇒ B = 2
Logo, A = – 3 e B = 2.
A soma, a diferença e a multiplicação de funções polinomiais é realizada verificando os coeficientes dos termos semelhantes. Vejamos alguns exemplos.
Sejam os polinômios f(x) = x³ + 2, g(x) = 2x³ + 4x² – 3x – 5 e h(x) = 1/2x² – 1. Determine:
a) f(x) + g(x)
b) g(x) – h(x)
c) f(x) . h(x)
a) f(x) + g(x)
(x³ + 2) + (2x³ + 4x² – 3x – 5) ⇒
x³ + 2x³ + 4x² – 3x + 2 – 5 ⇒ 3x³ + 4x² – 3x – 3
b) g(x) – h(x)
(2x³ + 4x² – 3x – 5) – (1/2x² – 1)
2x³ + 4x² – 3x – 5 – 1/2x² + 1
2x³ + 7/2x² – 3x – 4
c) f(x) . h(x)
(x³ + 2) * (1/2x² – 1)
x³ * 1/2x² + x³ * (-1) + 2 * 1/2x² + 2 * (-1)
1/2x5 – x³ + x² – 2
Considere os polinômios A(x) = x² – x + 1, B(x) = -2x² + 3 e C(x) = x³ – x + 2. Calcule (A – B)² – 3(C + B).
Para não nos perdermos vamos resolver a expressão em partes.
(A – B)
(x² – x + 1) – (-2x² + 3)
x² – x + 1 + 2x² – 3
3x² – x – 2
Agora fazemos (A – B)²
(3x² – x – 2)²
(3x² – x – 2) * (3x² – x – 2)
3x² * 3x² + 3x² * (-x) + 3x² * (-2) + (-x) * 3x² + (-x)*(-x) + (-x) * (-2) + (-2) * 3x² + (-2) * (-x) + (-2) * (-2)
9x4 – 6x³ – 11x² + 4x + 4
(C + B)
(x³ – x + 2) + (-2x² + 3)
x³ – 2x² – x + 5
Agora fazemos 3(C + B)
3(x³ – 2x² – x + 5)
3x³ – 6x² – 3x + 15
Agora juntamos as partes grifadas.
(A – B)² – 3(C + B)
(9x4 – 6x³ – 11x² + 4x + 4) – (3x³ – 6x² – 3x + 15)
9x4 – 6x³ – 11x² + 4x + 4 – 3x³ + 6x² + 3x – 15
9x4 – 9x³ – 5x² + 7x -11
Vamos retormar o conceito da divisão de dois números quaisquer. Vamos dividir o número genérico D por d.
D | d |
r | q |
No esquema acima D é o dividendo, d é o divisor, q é o quociente e r o resto. Veja como fica o esquema da divisão do número 14 por 5.
14 | 5 |
4 | 2 |
Note que 14 = 2 * 5 + 4.
Podemos utilizar esta mesma estrutura para a divisão de polinômios. Dado um polinômio A(x) e outro B(x) ≠ 0, a divisão de A(x) por B(x) resultará em dois outros polinômios sendo um Q(x) e outro R(x). Veja o esquema abaixo:
A(x) | B(x) |
R(x) | Q(x) |
A(x) é o dividendo, B(x) é o divisor, Q(x) é o quociente e R(x) é o resto. O polinômio R(x) sempre terá o grau menor do que B(x) ou poderá ser identicamente nulo.
Vale lembrar que A(x) = B(x) * Q(x) + R(x).
Veja o que acontece quando dividimos 12 por 2.
12 | 2 |
0 | 6 |
12 = 2 * 6 + 0 ou 12 = 2 * 6
Quando o processo de divisão resulta em resto igual a zero dizemos que a divisão é exata e que o dividendo é divisível pelo divisor. Então, se dividirmos um polinômio A(x) por B(x) e obtivermos resto igual a zero, podemos afirmar que A(x) é divisível por B(x).
A(x) | B(x) |
0 | Q(x) |
O método da chave consiste em dividir dois polinômios quaisquer usando a estrutura de divisão abaixo:
A(x) | B(x) |
R(x) | Q(x) |
Vamos dividir A(x) = x4 – 1 por B(x) = x + 1.
x4 – 1 | x + 1 |
R(x) | Q(x) |
No final do processo obteremos um valor para Q(x) e outro para R(x).
1º passo: Dispomos os polinômios conforme esquema abaixo:
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
O polinômio do dividendo é de grau 4 e possui os demais coeficientes nulos. Precisamos informar isso quando usarmos o método da chave.
2º passo: Iniciamos o processo de divisão.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ |
– x³ + 0x² + 0x – 1 |
3º passo: Ainda é possível prosseguir com a divisão, já que o grau do polinômio resultante é maior do que o grau do polinômio divisor.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ – x² |
– x³ + 0x² + 0x – 1 | |
x³ + x² | |
x² + 0x – 1 |
4º passo: Dividimos mais uma vez.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ – x² + x |
– x³ + 0x² + 0x – 1 | |
x³ + x² | |
x² + 0x – 1 | |
-x² – x | |
– x – 1 |
5º passo: Para finalizar.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ – x² + x – 1 |
– x³ + 0x² + 0x – 1 | |
x³ + x² | |
x² + 0x – 1 | |
-x² – x | |
– x – 1 | |
x + 1 | |
0 |
Por fim obtivemos Q(x) = x³ – x² + x – 1 e R(x) = 0. Logo, x4 – 1 é divisível por x + 1.
Este teorema permite encontrar o resto da divisão de um polinômio P(x) por um binômio do tipo ax + b.
Por exemplo: Calculemos o resto da divisão de A(x) = x³ + 7x² – 2x + 1 por B(x) = x + 3.
1º passo: extraímos a raiz do divisor B(x).
B(x) = x + 3
x + 3 = 0
x = -3 → raiz de B(x).
2º passo: calculamos o valor numérico de A(x) para x igual a -3.
A(x) = x³ + 7x² – 2x + 1
A(-3) = (-3)³ + 7(-3)² – 2(-3) + 1
A(-3) = – 27 + 63 + 6 + 1
A(-3) = 43
Perceba que não precisamos utilizar o método da chave para isso, já que se mostra bastante trabalhoso.
Mostramos abaixo como obter o resto da divisão de um polinômio genérico A(x) por um binômio genérico B(x) = ax + b.
1° passo: extrair a raiz de B(x).
B(x) = ax + b
ax + b = 0
ax = -b
x = -b/a
2º passo: visto que o polinômio A(x) é genérico não é possível determinarmos o seu grau aqui. Portanto, vamos utilizar a regra de divisão de polinômios.
Como desejamos encontrar R(x), vamos chamá-lo de r.
A(x) = B(x) • Q(x) + r
A(x) = (ax + b) • Q(x) + r
A |
|
= |
|
• | Q |
|
+ r |
A |
|
= |
|
• | Q |
|
+ r |
A |
|
= |
|
• | Q |
|
+ r |
A |
|
= | r |
Para um polinômio genérico P(x) temos:
P |
|
= | r |
O teorema de D’Alembert é uma consequência do teorema do resto. Ele diz que um polinômio P(x) é divisível pelo binômio (ax + b) se, e somente se, P(-b/a) = 0.
Já é sabido que se o resto de uma divisão de polinômios for zero, um deles é divisível pelo outro.
A(x) | B(x) |
0 | Q(x) |
A(x) = B(x) • Q(x) + 0
A(x) = B(x) • Q(x)
Determine as soluções da equação Q(x) = 0, em que Q(x) é o quociente da divisão do polinômio P(x) = x4 – 10x³ + 24x² + 10x – 24 por x² – 6x + 5.
Para encontrarmos o valor de Q(x) vamos utilizar o método da chave.
x4 – 10x³ + 24x² + 10x – 24 | x² – 6x + 5 |
– x4 + 6x³ – 5x² | x² – 4x – 5 |
-4x³ + 19x² + 10x – 24 | |
4x³ – 24x² + 20x | |
-5x² + 30x -24 | |
5x² – 30x + 25 | |
1 |
Q(x) = x² – 4x – 5. Como Q(x) = 0, fazemos:
x² – 4x – 5 = 0
x | = |
|
x | = |
|
x | = |
|
x | = |
|
x’ | = |
|
= |
|
= 5 |
x” | = |
|
= |
|
= -1 |
S = {-1,5}
(PUC-SP)Qual é o número real que se deve adicionar a P(x) = x³ – 2x² + x para se obter um polinômio divisível por x – 3?
Devemos adicionar um número k ao polinômio x³ – 2x² + x para que seja divisível por x – 3. Então,
P(x) = x³ – 2x² + x + k
Se P(x) é divisível por x – 3, então P(3) = 0.
P(3) = 3³ – 2(3)² + 3 + k
3³ – 2(3)² + 3 + k = 0
27 – 18 + 3 + k = 0
k = -12
(ITA-SP)Determine os valores de a e b, tais que os polinômios x³ – 2ax² + (3a + b)x – 3b e x³ – (a + 2b)x + 2a sejam divisíveis por x + 1.
A(x) = x³ – 2ax² + (3a + b)x – 3b
B(x) = x³ – (a + 2b)x + 2a
Se A(x) e B(x) são divisíveis por x + 1, então A(-1) e B(-1) é igual a zero.
A(-1) = (-1)³ – 2a(-1)² + (3a + b)(-1) – 3b
-1 – 2a – 3a – b – 3b = 0
-1 – 5a – 4b = 0
5a + 4b = -1 → (I)
B(-1) = (-1)³ – (a + 2b)(-1) + 2a
-1 + a + 2b + 2a = 0
3a + 2b = 1 → (II)
Montamos um sistema com (I) e (II)
|
Multiplicamos a segunda equação por (-2).
|
-a = -3
a = 3
Substituímos o valor de a na equação 3a + 2b = 1.
3a + 2b = 1
3(3) + 2b = 1.
9 + 2b = 1
2b = -8
b = -4
Portanto, os valores de a e b são 3 e -4, respectivamente.
Um polinômio P(x), dividido por x, deixa resto 2; dividido por x + 2, deixa resto -5 e, dividido por x – 2, deixa resto 25. Qual é o resto da divisão de P(x) por x(x+2)(x-2)?
Vamos anotar os dados:
P(x) ÷ x → resto = 2
P(x) ÷ (x + 2) → resto = -5
P(x) ÷ (x – 2) → resto = 25
P(x) ÷ [x(x+2)(x-2)] → resto = ?
Dadas as afirmações acima, então podemos afirmar que:
P(0) = 2 | P(-2) = -5 | P(2) = 25
Sendo o novo divisor x(x+2)(x-2) um polinômio de 3º grau o resto será no máximo do 2º grau, logo:
R(x) = ax² + bx + c
Então, podemos escrever:
P(x) = x(x+2)(x-2)Q(x) + ax² + bx + c
P(0) = 0(0+2)(0-2)Q(0) + a(0)² + b(0) + c
P(0) = c → c = 2
P(-2) = -2(-2+2)(-2-2)Q(-2) + a(-2)² + b(-2) + c
P(-2) = 4a – 2b + c
P(-2) = 4a – 2b + 2 → 4a – 2b + 2 = -5
4a – 2b = -7 → (I)
P(2) = 2(2+2)(2-2)Q(2) + a(2)² + b(2) + c
P(2) = 4a + 2b + c
P(2) = 4a + 2b + 2 → 4a + 2b + 2 = 25
4a + 2b = 23 → (II)
Montamos um sistema com (I) e (II)
|
8a = 16 → a = 2
Substituímos o valor de a na equação 4a – 2b = -7.
4(2) – 2b = -7
8 – 2b = -7
15 = 2b
b = 15/2
Portanto,
R(x) = | 2x² | + |
|
x | + 2 |