O grau de um polinômio é o valor máximo que o expoente n assume. Logo:
– A(x) = x³ – x² + x – 1 possui grau 3 e escrevemos gr(A) = 3, ou seja, o valor máximo de n foi 3.
– B(x) = 3ix5 possui grau 5 e escrevemos gr(B) = 5.
Para entendermos esse conceito vamos recorrer ao polinômio genérico P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + …+ a1x + a0. Agora vamos substituir o x por α, ficando assim P(α) = anαn + an – 1αn – 1 + …+ a1α + a0. Então, podemos concluir que o valor numérico de um polinômio é o valor obtido quando se substitui a variável x por outro valor qualquer e se efetua as operações indicadas pela expressão.
Veja como é fácil encontrar o valor numérico de p(x) = x² – x + 1 quando substituimos x por 2. p(2) = 2² – 2 + 1 ⇒ p(2) = 3. Portanto:
– 3 é o valor numérico de p(x) para x = 2.
– Este valor 3 é a imagem de 2 pela função polinomial p(x).
– Se p(α) = 0, o número α é dito raiz ou zero de p(x).
Dado um polinômio genérico P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0, diz-se que P(x) é identicamente nulo, se todos os seus coeficientes forem nulos. Desta forma P(x) ≡ 0 (lê-se P(x) é idêntico a zero).
Encontre os valores de a, b, c e d, de modo que: (a – b – c + d)x³ + (2b – c)x² + (c – d)x + 4d – 8 ≡ 0.
O exercício informou que o polinômio (a – b – c + d)x³ + (2b – c)x² + (c – d)x + 4d – 8 é idêntico a zero, ou seja, todos os seus coeficientes são nulos. Logo:
a – b – c + d = 0
2b – c = 0
c – d = 0
4d – 8 = 0
Da última equação temos que:
4d – 8 = 0 ⇒ 4d = 8 ⇒ d = 2.
c – d = 0 ⇒ c = d ⇒ c = 2.
2b – c = 0 ⇒ 2b = c ⇒ 2b = 2 ⇒ b = 1.
a – b – c + d = 0 ⇒ a – 1 – 2 + 2 = 0 ⇒ a – 1 = 0 ⇒ a = 1.
Sejam os polinômios A(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0 e B(x) = bnxn + bn – 1xn – 1 + bn – 2xn – 2 + … + b2x2 + b1x + b0. A(x) será igual ou idêntico a B(x), ou seja, A(x) ≡ B(x) se todos os coeficientes de A(x) forem iguais aos coeficientes de B(x). Veja o esquema abaixo:
A(x) ≡ B(x)
anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0 ≡ bnxn + bn – 1xn – 1 + bn – 2xn – 2 + … + b2x2 + b1x + b0
A(x) – B(x) ≡ 0
(an – bn)xn + (an – 1 – bn – 1)xn – 1 + (an – 2 – bn – 2)xn – 2 + … + (a2 – b2)x2 + (a1 – b1)x + (a0 – b0) ≡ 0. Logo:
an = bn
an – 1 = bn – 1
an – 2 = bn – 2
a2 = b2
a1 = b1
a0 = b0
(EEM-SP) Determine os valores de p e q na identidade: 2x + 13 ≡ p(x + 2) – q(1 – x).
Se 2x + 13 ≡ p(x + 2) – q(1 – x), então os coeficientes do polinômio da esquerda são iguais aos coeficientes do polinômio da direita. Vamos reescrever a expressão.
2x + 13 ≡ px + 2p – q + qx
2x + 13 ≡ px + qx + 2p – q
2x + 13 ≡ (p + q)x + 2p – q
A partir daqui montamos um sistema para facilitar os cálculos.
![]() |
|
Somando as duas equações a variável q irá se anular. Logo:
3p = 15 ⇒ p = 5
substituindo o valor de p na equação p + q = 2 temos:
5 + q = 2 ⇒ q = -3
Solução: p = 5 e q = -3
Sabendo que
|
+ |
|
≡ |
|
, calulcar A e B.
Na expressão acima note que x² – x – 2 = (x + 1)(x – 2), desta forma podemos reescrever a expressão como:
|
+ |
|
≡ |
|
|
+ |
|
≡ |
|
A(x – 2) + B(x + 1) ≡ – x + 8
Ax – 2A + Bx + B ≡ – x + 8
Ax + Bx – 2A + B ≡ – x + 8
(A + B)x – 2A + B ≡ – x + 8
Visto que, (A + B)x – 2A + B é idêntico a – x + 8, podemos montar o sistema abaixo:
![]() |
|
Multiplicando a primeira equação por (-1) temos:
![]() |
|
E somando-se as duas equações temos:
– 3A = 9 ⇒ A = -3
Substituindo o valor de A na equação A + B = -1 temos:
-3 + B = -1 ⇒ B = 2
Logo, A = – 3 e B = 2.
A soma, a diferença e a multiplicação de funções polinomiais é realizada verificando os coeficientes dos termos semelhantes. Vejamos alguns exemplos.
Sejam os polinômios f(x) = x³ + 2, g(x) = 2x³ + 4x² – 3x – 5 e h(x) = 1/2x² – 1. Determine:
a) f(x) + g(x)
b) g(x) – h(x)
c) f(x) . h(x)
a) f(x) + g(x)
(x³ + 2) + (2x³ + 4x² – 3x – 5) ⇒
x³ + 2x³ + 4x² – 3x + 2 – 5 ⇒ 3x³ + 4x² – 3x – 3
b) g(x) – h(x)
(2x³ + 4x² – 3x – 5) – (1/2x² – 1)
2x³ + 4x² – 3x – 5 – 1/2x² + 1
2x³ + 7/2x² – 3x – 4
c) f(x) . h(x)
(x³ + 2) * (1/2x² – 1)
x³ * 1/2x² + x³ * (-1) + 2 * 1/2x² + 2 * (-1)
1/2x5 – x³ + x² – 2
Considere os polinômios A(x) = x² – x + 1, B(x) = -2x² + 3 e C(x) = x³ – x + 2. Calcule (A – B)² – 3(C + B).
Para não nos perdermos vamos resolver a expressão em partes.
(A – B)
(x² – x + 1) – (-2x² + 3)
x² – x + 1 + 2x² – 3
3x² – x – 2
Agora fazemos (A – B)²
(3x² – x – 2)²
(3x² – x – 2) * (3x² – x – 2)
3x² * 3x² + 3x² * (-x) + 3x² * (-2) + (-x) * 3x² + (-x)*(-x) + (-x) * (-2) + (-2) * 3x² + (-2) * (-x) + (-2) * (-2)
9x4 – 6x³ – 11x² + 4x + 4
(C + B)
(x³ – x + 2) + (-2x² + 3)
x³ – 2x² – x + 5
Agora fazemos 3(C + B)
3(x³ – 2x² – x + 5)
3x³ – 6x² – 3x + 15
Agora juntamos as partes grifadas.
(A – B)² – 3(C + B)
(9x4 – 6x³ – 11x² + 4x + 4) – (3x³ – 6x² – 3x + 15)
9x4 – 6x³ – 11x² + 4x + 4 – 3x³ + 6x² + 3x – 15
9x4 – 9x³ – 5x² + 7x -11
Vamos retormar o conceito da divisão de dois números quaisquer. Vamos dividir o número genérico D por d.
D | d |
r | q |
No esquema acima D é o dividendo, d é o divisor, q é o quociente e r o resto. Veja como fica o esquema da divisão do número 14 por 5.
14 | 5 |
4 | 2 |
Note que 14 = 2 * 5 + 4.
Podemos utilizar esta mesma estrutura para a divisão de polinômios. Dado um polinômio A(x) e outro B(x) ≠ 0, a divisão de A(x) por B(x) resultará em dois outros polinômios sendo um Q(x) e outro R(x). Veja o esquema abaixo:
A(x) | B(x) |
R(x) | Q(x) |
A(x) é o dividendo, B(x) é o divisor, Q(x) é o quociente e R(x) é o resto. O polinômio R(x) sempre terá o grau menor do que B(x) ou poderá ser identicamente nulo.
Vale lembrar que A(x) = B(x) * Q(x) + R(x).
Veja o que acontece quando dividimos 12 por 2.
12 | 2 |
0 | 6 |
12 = 2 * 6 + 0 ou 12 = 2 * 6
Quando o processo de divisão resulta em resto igual a zero dizemos que a divisão é exata e que o dividendo é divisível pelo divisor. Então, se dividirmos um polinômio A(x) por B(x) e obtivermos resto igual a zero, podemos afirmar que A(x) é divisível por B(x).
A(x) | B(x) |
0 | Q(x) |
O método da chave consiste em dividir dois polinômios quaisquer usando a estrutura de divisão abaixo:
A(x) | B(x) |
R(x) | Q(x) |
Vamos dividir A(x) = x4 – 1 por B(x) = x + 1.
x4 – 1 | x + 1 |
R(x) | Q(x) |
No final do processo obteremos um valor para Q(x) e outro para R(x).
1º passo: Dispomos os polinômios conforme esquema abaixo:
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
O polinômio do dividendo é de grau 4 e possui os demais coeficientes nulos. Precisamos informar isso quando usarmos o método da chave.
2º passo: Iniciamos o processo de divisão.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ |
– x³ + 0x² + 0x – 1 |
3º passo: Ainda é possível prosseguir com a divisão, já que o grau do polinômio resultante é maior do que o grau do polinômio divisor.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ – x² |
– x³ + 0x² + 0x – 1 | |
x³ + x² | |
x² + 0x – 1 |
4º passo: Dividimos mais uma vez.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ – x² + x |
– x³ + 0x² + 0x – 1 | |
x³ + x² | |
x² + 0x – 1 | |
-x² – x | |
– x – 1 |
5º passo: Para finalizar.
x4 + 0x³ + 0x² + 0x – 1 | x + 1 |
– x4 – x³ | x³ – x² + x – 1 |
– x³ + 0x² + 0x – 1 | |
x³ + x² | |
x² + 0x – 1 | |
-x² – x | |
– x – 1 | |
x + 1 | |
0 |
Por fim obtivemos Q(x) = x³ – x² + x – 1 e R(x) = 0. Logo, x4 – 1 é divisível por x + 1.
Este teorema permite encontrar o resto da divisão de um polinômio P(x) por um binômio do tipo ax + b.
Por exemplo: Calculemos o resto da divisão de A(x) = x³ + 7x² – 2x + 1 por B(x) = x + 3.
1º passo: extraímos a raiz do divisor B(x).
B(x) = x + 3
x + 3 = 0
x = -3 → raiz de B(x).
2º passo: calculamos o valor numérico de A(x) para x igual a -3.
A(x) = x³ + 7x² – 2x + 1
A(-3) = (-3)³ + 7(-3)² – 2(-3) + 1
A(-3) = – 27 + 63 + 6 + 1
A(-3) = 43
Perceba que não precisamos utilizar o método da chave para isso, já que se mostra bastante trabalhoso.
Mostramos abaixo como obter o resto da divisão de um polinômio genérico A(x) por um binômio genérico B(x) = ax + b.
1° passo: extrair a raiz de B(x).
B(x) = ax + b
ax + b = 0
ax = -b
x = -b/a
2º passo: visto que o polinômio A(x) é genérico não é possível determinarmos o seu grau aqui. Portanto, vamos utilizar a regra de divisão de polinômios.
Como desejamos encontrar R(x), vamos chamá-lo de r.
A(x) = B(x) • Q(x) + r
A(x) = (ax + b) • Q(x) + r
A |
|
= |
|
• | Q |
|
+ r |
A |
|
= |
|
• | Q |
|
+ r |
A |
|
= |
|
• | Q |
|
+ r |
A |
|
= | r |
Para um polinômio genérico P(x) temos:
P |
|
= | r |
O teorema de D’Alembert é uma consequência do teorema do resto. Ele diz que um polinômio P(x) é divisível pelo binômio (ax + b) se, e somente se, P(-b/a) = 0.
Já é sabido que se o resto de uma divisão de polinômios for zero, um deles é divisível pelo outro.
A(x) | B(x) |
0 | Q(x) |
A(x) = B(x) • Q(x) + 0
A(x) = B(x) • Q(x)
Determine as soluções da equação Q(x) = 0, em que Q(x) é o quociente da divisão do polinômio P(x) = x4 – 10x³ + 24x² + 10x – 24 por x² – 6x + 5.
Para encontrarmos o valor de Q(x) vamos utilizar o método da chave.
x4 – 10x³ + 24x² + 10x – 24 | x² – 6x + 5 |
– x4 + 6x³ – 5x² | x² – 4x – 5 |
-4x³ + 19x² + 10x – 24 | |
4x³ – 24x² + 20x | |
-5x² + 30x -24 | |
5x² – 30x + 25 | |
1 |
Q(x) = x² – 4x – 5. Como Q(x) = 0, fazemos:
x² – 4x – 5 = 0
x | = |
|
x | = |
|
x | = |
|
x | = |
|
x’ | = |
|
= |
|
= 5 |
x” | = |
|
= |
|
= -1 |
S = {-1,5}
(PUC-SP)Qual é o número real que se deve adicionar a P(x) = x³ – 2x² + x para se obter um polinômio divisível por x – 3?
Devemos adicionar um número k ao polinômio x³ – 2x² + x para que seja divisível por x – 3. Então,
P(x) = x³ – 2x² + x + k
Se P(x) é divisível por x – 3, então P(3) = 0.
P(3) = 3³ – 2(3)² + 3 + k
3³ – 2(3)² + 3 + k = 0
27 – 18 + 3 + k = 0
k = -12
(ITA-SP)Determine os valores de a e b, tais que os polinômios x³ – 2ax² + (3a + b)x – 3b e x³ – (a + 2b)x + 2a sejam divisíveis por x + 1.
A(x) = x³ – 2ax² + (3a + b)x – 3b
B(x) = x³ – (a + 2b)x + 2a
Se A(x) e B(x) são divisíveis por x + 1, então A(-1) e B(-1) é igual a zero.
A(-1) = (-1)³ – 2a(-1)² + (3a + b)(-1) – 3b
-1 – 2a – 3a – b – 3b = 0
-1 – 5a – 4b = 0
5a + 4b = -1 → (I)
B(-1) = (-1)³ – (a + 2b)(-1) + 2a
-1 + a + 2b + 2a = 0
3a + 2b = 1 → (II)
Montamos um sistema com (I) e (II)
![]() |
|
Multiplicamos a segunda equação por (-2).
![]() |
|
-a = -3
a = 3
Substituímos o valor de a na equação 3a + 2b = 1.
3a + 2b = 1
3(3) + 2b = 1.
9 + 2b = 1
2b = -8
b = -4
Portanto, os valores de a e b são 3 e -4, respectivamente.
Um polinômio P(x), dividido por x, deixa resto 2; dividido por x + 2, deixa resto -5 e, dividido por x – 2, deixa resto 25. Qual é o resto da divisão de P(x) por x(x+2)(x-2)?
Vamos anotar os dados:
P(x) ÷ x → resto = 2
P(x) ÷ (x + 2) → resto = -5
P(x) ÷ (x – 2) → resto = 25
P(x) ÷ [x(x+2)(x-2)] → resto = ?
Dadas as afirmações acima, então podemos afirmar que:
P(0) = 2 | P(-2) = -5 | P(2) = 25
Sendo o novo divisor x(x+2)(x-2) um polinômio de 3º grau o resto será no máximo do 2º grau, logo:
R(x) = ax² + bx + c
Então, podemos escrever:
P(x) = x(x+2)(x-2)Q(x) + ax² + bx + c
P(0) = 0(0+2)(0-2)Q(0) + a(0)² + b(0) + c
P(0) = c → c = 2
P(-2) = -2(-2+2)(-2-2)Q(-2) + a(-2)² + b(-2) + c
P(-2) = 4a – 2b + c
P(-2) = 4a – 2b + 2 → 4a – 2b + 2 = -5
4a – 2b = -7 → (I)
P(2) = 2(2+2)(2-2)Q(2) + a(2)² + b(2) + c
P(2) = 4a + 2b + c
P(2) = 4a + 2b + 2 → 4a + 2b + 2 = 25
4a + 2b = 23 → (II)
Montamos um sistema com (I) e (II)
![]() |
|
8a = 16 → a = 2
Substituímos o valor de a na equação 4a – 2b = -7.
4(2) – 2b = -7
8 – 2b = -7
15 = 2b
b = 15/2
Portanto,
R(x) = | 2x² | + |
|
x | + 2 |
O processo de divisão de polinômios pelo método da chave se torna exaustivo dependendo do tipo de polinômio que se deseja dividir.
Com o objetivo de facilitar esse processo de divisão criou-se o dispositivo de Briot-Ruffini. Vamos resolver um exemplo para confirmarmos a sua simplicidade.
Desejamos obter o quociente Q(x) e o resto R(x) da divisão de P(x) = 3x³ – 5x² + x – 2 por x – 2.
2 | 3 | -5 | 1 | -2 |
↓ | 3(2) – 5 | 1(2) + 1 | 3(2) – 2 | |
3 | 1 | 3 | 4 |
Acompanhe o roteiro a ser seguido para a resolução desse problema.
1º) O local onde se encontra o número 2 é aonde deverá ficar a raiz do divisor.
2º) Os coeficientes do polinômio deverão ficar à direita. Note que, se o polinômio P(x) não possuísse o termo em x², o coeficiente desse termo deveria
ser informado como zero.
3º) Abaixamos o primeiro coeficiente do dividendo, nesse caso o número 3.
4º) Multiplicamos o número 3 pela raiz do divisor (2) e somamos com o próximo coeficiente (-5), colocando o resultado abaixo deste.
5º) Obtivemos 1. Agora repetimos o processo. Multiplicamos 1 pela raiz do divisor (2) e somamos ao próximo coeficiente (1), colocando o resultado abaixo deste.
6º) Obtivemos 3. Repetimos o processo novamente. Multiplicamos 3 pela raiz do divisor (2) e somamos ao próximo coeficiente (-2), colocando o resultado abaixo deste.
7º) Obtivemos 4. Visto que, não temos mais coeficientes do dividendo, a operação se encerra aqui.
O último número obtido é o resto da divisão. Os demais números são os coeficientes do quociente. Logo, na divisão de P(x) = 3x³ – 5x² + x – 2 por x – 2, encontramos Q(x) = 3x² + x + 3 e resto R(x) = 4.
O dispositivo de Briot-Ruffini só funciona para divisões onde o divisor é do tipo (ax + b).
Determine o quociente e o resto da divisão de P(x) = x6 – x4 por x – 1.
1 | ||
1 | → | 1 |
0 | 1(1) + 0 | 1 |
-1 | 1(1) – 1 | 0 |
0 | 0(1) + 0 | 0 |
0 | 0(1) + 0 | 0 |
0 | 0(1) + 0 | 0 |
0 | 0(1) + 0 | 0 |
O último algarismo é sempre o resto da divisão. Logo, obtivemos Q(x) = x5 + x4 e resto R(x) = 0.
Dividindo-se o polinômio P(x) = -3x4 + 2x³ + ax² – 5x + b por x + 1 obtém-se resto igual a 2. O quociente dessa divisão é, então, dividido por x – 2 e obtém-se resto igual a -8. Qual é o valor das constantes a e b?
-1 | -3 | 2 | a | -5 | b |
↓ | -3(-1) + 2 | 5(-1) + a | (-5 + a)(-1) – 5 | -a(-1) + b | |
-3 | 5 | -5 + a | -a | 2 |
Daqui retiramos a informação de que a + b = 2.
Agora, dividimos o quociente por x – 2.
2 | -3 | 5 | -5 + a | -a |
↓ | -3(2) + 5 | -1(2) + a | (-7 + a)(2) – a | |
-3 | -1 | -7 + a | -8 |
Dessa divisão retiramos a informação de que (-7 + a)(2) – a = -8 → -14 + 2a – a = -8 → a = 6.
Substituindo o valor de a em a + b = 2, obtemos 6 + b = 2 → b = -4.
Portanto, a = 6 e b = -4.
Um polinômio é considerado um cubo perfeito se for da forma (ax + b)³, onde a e b são constantes reais ou complexas. Isso é conhecido como a fórmula do cubo perfeito.
Para verificar se um polinômio é um cubo perfeito, você pode expandi-lo usando a fórmula de cubo perfeito e verificar se ele se simplifica para a forma (ax + b)³. A expansão de (ax + b)³ é dada por:
Portanto, se o polinômio dado tiver a forma acima, ele é um cubo perfeito.
a) Calcule P(x + 1).
b) Calcule P(x – 1).
c) Determine P(x), sabendo que P(x) + x²P(x + 1) – P(x – 1) = 2x4 + 7x³ + 4x² + 4x + 1.
|
= |
|
+ |
|
Para todo valor de x que não anula nenhum dos denominadores. Encontre o resultado da soma A + B.
|
= |
|
+ |
|
+ |
|
onde todo x ∈ ℝ – {-1, 0, 1}.
Um polinômio de segundo grau tem a seguinte estrutura ax² + bx + c. No ensino médio esse polinômio recebe uma atenção especial no estudo de funções. Nesse campo ele recebe o nome de função quadrática, ou f(x) = ax² + bx + c.
Observe o gráfico das duas funções abaixo:
Pontos Importantes | |||||
---|---|---|---|---|---|
a | b | c | xv | yv | concavidade |
1 | -2 | -3 | 1 | -4 | para cima |
Pontos Importantes | |||||
---|---|---|---|---|---|
a | b | c | xv | yv | concavidade |
-1 | 2 | 3 | 1 | 4 | para baixo |
Nos gráficos acima alguns pontos merecem atenção. Note, por exemplo, os pontos (-1,0) e (3,0). Esses pontos determinam as raízes ou zeros da função, ou seja, são os pontos onde a função se anula. Em pontos como estes, a curva do gráfico sempre “corta” o eixo das abscissas. Os pontos (1,-4) e (1,4) são as coordenadas do vértice da curva. No gráfico da função f(x) = x² -2x – 3 o ponto (1,-4) representa o vértice dessa curva, note que aí tem-se um ponto de mínimo. O número 1 é chamado de x do vértice e o número -4 de y do vértice.
É importante notar também o comportamento da curva do gráfico nas duas funções. Na função f(x) = x² -2x – 3 a curva é uma parábola com a concavidade voltada para cima, visto que o valor do coeficiente a é positivo. Já no gráfico da função f(x) = – x² + 2x + 3 o coeficiente -1, menor que zero, gera uma parábola com a concavidade para baixo.
Para encontrar as raízes de um polinômio do 2º grau utilizamos a fórmula de Baskara.
x = |
|
Por meio dessa fórmula é possível encontrar duas raízes que chamaremos de x’ e x”. No entanto, o aspecto da curva e os valores das raízes podem sofrer alterações dependendo do valor do discriminante (Δ).
Nesse caso a função tem duas raízes reais e distintas.
Nesse caso a função tem duas raízes reais e iguais.
Nesse caso a função não possui raízes reais.