Vamos iniciar nessa parte o estudo de operações de compra e venda de mercadorias, isto é, vamos aprender a fazer cálculos de lucro ou prejuízo sobre os preços de custo e de venda de mercadorias. Mas, o que é lucro? E o que é prejuízo?
O lucro está relacionado ao ganho ou ganhar algo. Já o prejuízo está relacionado à perda. Todo aquele que fabrica ou revende determinado produto tem um custo, seja para produzí-lo ou comprá-lo. Quando o preço de venda é superior ao preço de custo ocorre um lucro, caso contrário ocorre um prejuízo. O ideal é ter lucro em todo tipo de transação financeira.
A venda de mercadorias pode oferecer um lucro e este pode ser sobre o preço de custo ou sobre o preço de venda.
Sobre o preço de custo
Um quadro, cujo preço de custo era R$800,00, foi vendido por R$980,00. Qual o percentual de lucro sobre o preço de custo?
Neste tipo de problema existem alguns termos que devemos observar. São eles:
V = Preço de venda
C = Preço de custo
L = Lucro
i = Taxa unitária do lucro
Sabemos que o preço de venda = preço de custo + lucro. Logo,
V = C + L
980 = 800 + L
L = 180
O lucro foi de R$ 180,00.
O percentual de lucro sobre o preço de custo pode ser calculado assim:
|
= 0,225 ou 22,5% |
Portanto, o percentual de lucro sobre o preço de custo foi de 22,5%.
Outra maneira de calcular seria através da fórmula completa.
V = C + L
V = C + i • C
V = C(1 + i)
980 = 800(1 + i)
(1 + i) = |
|
(1 + i) = 1,225
i = 0,225 ou 22,5%
Um comerciante comprou 10 sacas de batatas por R$210,00. Por quanto deve vender cada saca para obter um lucro total de 15% sobre o custo?
Vamos anotar os dados do problema.
preço de compra = R$210,00
C = 210
taxa de lucro total sobre o preço de custo = 15%
i = 0,15
O que o problema está pedindo é: por quanto deve ser vendida cada saca de batata.
V = C(1 + i)
V = 210(1 + 0,15)
V = 241,50
Vendendo todas as sacas obteve-se um valor de R$ 241,50. Como são 10 sacas, o preço de venda de cada saca foi de 241,5 ÷ 10 = 24,15. Logo, para se obter o lucro total desejado cada saca dever ser vendida por R$24,15.
Sobre o preço de venda
Certa mercadoria foi comprada por R$860,00. Por quanto deve ser vendida para dar um lucro de 20% sobre o preço de venda?
Este problema é um pouco diferente dos anteriores. Vamos anotar os dados.
V = Preço de venda
C = Preço de custo
L = Lucro
i = Taxa unitária do lucro
Veja que agora a taxa de lucro é sobre o preço de venda, portanto L = i • V.
V = C + L
V = C + i • V
V – i • V = C
C = V(1 – i)
860 = V(1 – 0,2)
V = |
|
V = 1.075
Logo, a mercadoria deverá ser vendida por R$ 1.075,00.
Veja abaixo as fórmulas do preço de venda com a taxa de lucro sobre o preço de custo e sobre o preço de venda.
Venda com lucro sobre o preço de custo
V = C(1 + i)
Venda com lucro sobre o preço de venda
V = |
|
Do exemplo anterior, se o percentual fosse sobre o preço de custo quanto seria o preço de venda?
V = C(1 + i)
V = 860(1 + 0,2)
V = 1.032,00
O preço de venda seria de R$ 1.032,00. Note que, o preço de venda quando a taxa de lucro incide sobre o preço de venda é muito maior e mais vantajoso.
Da mesma forma que ocorre com o lucro, um produto pode ser vendido com prejuízo sobre o preço de custo ou sobre o preço de venda.
Sobre o preço de custo
Por R$ 750,00 vendi meu computador, tendo 25% de prejuízo sobre o preço original. Por quanto comprei o computador?
No caso de uma venda com prejuízo temos:
preço de venda = preço de custo – prejuízo
V = preço de venda
C = preço de custo
i = taxa unitário do prejuízo
Então:
V = C – P
V = C – i • C
V = C(1 – i)
750 = C(1 – 0,25)
C = |
|
C = 1000
Portanto, comprei o computador por R$ 1.000,00.
Uma pessoa adquiriu um relógio por R$125,00 e só conseguiu vendê-lo com um prejuízo de 8% sobre o custo. Por quanto ela vendeu o relógio?
Dados do problema:
Preço de custo = R$125,00
taxa unitário do prejuízo = 0,08
Preço de venda = ?
Sabemos que V = C(1 – i)
V = 125(1 – 0,08)
V = 115
Portanto, o relógio foi vendido por R$115,00.
Sobre o preço de venda
Uma casa que custa R$96.000,00 foi vendida com um prejuízo de 20% sobre o preço de venda. Calcule o preço de venda.
Dados do problema:
Preço de custo = R$96.000,00
Taxa unitária do prejuízo = 0,20
Preço de venda = ?
V = C – P
V = C – i • V
V + i • V = C
C = V(1 + i)
V = |
|
Portanto:
V = |
|
V = 80.000
Logo, a casa foi vendida por R$ 80.000,00.
Um terreno foi vendido por R$ 50.600,00, dando um prejuízo de 8% sobre o preço de venda. Quanto havia custado o terreno?
Dados do problema:
Preço de venda = R$ 50.600,00
Taxa unitária do prejuízo = 8%
Preço de custo = ?
V = |
|
50.600 = |
|
C = 50.600 • 1,08
C = 54.648
Portanto, o terreno custou R$ 54.648,00.
Vamos aprender a calcular os acréscimos e abatimentos sucessivos sobre o valor de uma mercadoria ou importância resultante de um negócio efetuado.
A cada ano que passa, o valor de um carro usado diminui 15% em relação ao seu preço original. Se um carro zero quilômetro custa R$ 12.000,00, qual será seu valor daqui 2 anos?
Hoje:
O valor do carro hoje é R$ 12.000,00
Após 1 ano:
Depois de 1 ano o valor do carro já não será o mesmo, visto que incidirá sobre ele um abatimento de 15%.
12.000 – 12.000 • 0,15 = 12.000 – 1.800 = 10.200
Após 1 ano o carro estará custando R$ 10.200,00.
Após 2 anos:
Depois de 2 anos incidirá também uma taxa de 15% sobre o último valor do carro.
10.200 – 10.200 • 0,15 = 10.200 – 1.530 = 8.670
Após 2 anos o carro estará custando R$ 8.670,00.
Outra maneira de resolver a questão seria chamar de x o valor do carro.
Hoje o valor do carro é x.
Após 1 ano o valor do carro será:
x – 0,15x = x(1- 0,15) = 0,85x
Após 2 anos o valor do carro será:
0,85x – 0,85x • 0,15 = 0,85x(1 – 0,15) = (0,85)²x
Substituindo 12.000 no lugar de x temos:
(0,85)²x
(0,85)²12.000 = 8.670
Uma firma distribuidora oferece, sobre o valor de uma fatura, os descontos sucessivos de 10%, 4% e 5%. Sabendo que o valor da fatura é de R$ 48.000,0, qual o valor líquido desta?
Dados do problema:
Valor da fatura = R$ 48.000,00
i1 = 10%
i2 = 4%
i3 = 5%
Valor líquido = ?
Valor da fatura após o 1º desconto:
48.000 – 48.000 • 0,10 = 48.000 – 4.800 = 43.200
Valor da fatura após o 2º desconto:
43.200 – 43.200 • 0,04 = 43.200 – 1.728 = 41.472
Valor da fatura após o 3º desconto:
41.472 – 41.472 • 0,05 = 41.472 – 2.073,60 = 39.398,40
Portanto, o valor líquido da fatura é de: R$ 39.398,40.
O mesmo resultado pode ser obtido usando a fórmula abaixo.
L = P(1 – i1)(1 – i2)(1 – i2)…(1 – in)
L = 48.000(1 – 0,1)(1 – 0,04)(1 – 0,05)
L = 39.398,40
Note que os i1, i2, i3 … in, representam as taxas de abatimentos sucessivos.
Sobre um artigo de R$ 2.500,00 incide um imposto federal de 10% e um estadual de 4%. Qual o preço final desse artigo?
Dados do problema:
Valor do artigo = R$ 2.500,00
i1 = 10%
i2 = 4%
Preço final do artigo = ?
Veja que neste exercício não temos abatimentos sucessivos e sim acréscimos sucessivos.
Valor do artigo após o 1º acréscimo:
2.500 + 2.500 • 0,10 = 2.500 + 250 = 2.750
Valor do artigo após o 2º acréscimo:
2.750 + 2.750 • 0,04 = 2.750 + 110 = 2.860
Portanto, o valor do artigo após todos os acréscimos é de R$ 2.860,00.
O mesmo resultado pode ser obtido através da fórmula abaixo:
M = P(1 + i1)(1 + i2)(1 + i2)…(1 + in)
M = 2.500(1 + 0,1)(1 + 0,04)
M = 2.860
A população atual de uma cidade é de 50.000 habitantes. Sabendo que essa população cresce a uma taxa de 2% ao ano, qual será a população dessa cidade daqui a três anos?
Quantidade de habitantes após o 1º ano:
50.000 + 50.000 • 0,02 = 50.000 + 1000 = 51.000
Quantidade de habitantes após o 2º ano:
51.000 + 51.000 • 0,02 = 51.000 + 1.020 = 52.020
Quantidade de habitantes após o 3º ano:
52.020 + 52.0200 • 0,02 = 52.020 + 1.040,4 = 53.060,4
Portanto, após 3 anos o número de habitantes desta cidade será de 53.060.
Usando a fórmula seria:
M = P(1 + i1)(1 + i2)(1 + i2)…(1 + in)
M = 50.000(1 + 0,02)(1 + 0,02)(1 + 0,02)
M = 50.000(1 + 0,02)³
M = 53.060,4
Finalmente, temos abaixo a fórmula para os abatimentos sucessivos.
Para os acréscimos sucessivos usamos a fórmula abaixo.
Note que, nos abatimentos subtraímos as taxas e nos acréscimos as somamos.
No início da atividade comercial havia apenas a troca de mercadorias. Assim, um indivíduo A, produtor da mercadoria a e necessitado da mercadoria b, procurava o indivíduo B que a produzia. Se houvesse concordância na troca, tudo bem; porém, as coisas se complicavam quando não havia concordância na troca, pois A teria de procurar um outro indivíduo produtor de b que estivesse disposto a trocá-la por a.
Com o desenvolvimento do comércio entre os indivíduos houve, então, a necessidade de uma terceira mercadoria, de aceitação geral e, principalmente, de fácil transporte e de valor constante para todos os produtores. Essa mercadoria passou a ser o padrão de trocas e de comparação de valores dos demais produtos. Esse padrão tornou-se, assim, a moeda da comunidade.
Surgiu, então, o problema: qual a melhor mercadoria a ser tomada como moeda? Chegou-se a conclusão de que a melhor moeda seria o metal: de fácil transporte, grande durabilidade e que permitia a obtenção de “pedaços” para pagamentos menores.
Com o passar do tempo, a moeda foi sofrendo um processo contínuo de desvalorização: passou de moeda mercadoria para moeda metálica e, finalmente, para um valor simbólico, tornando-se apenas um pedaço de papel.
Chamamos de inflação a desvalorização do valor da moeda (ou a redução do seu poder aquisitivo). A inflação também pode ser identificada como o aumento generalizado dos preços de produtos e serviços.
Para se ter uma ideia antigamente um pão de sal custava R$ 0,10 centavos, ou seja, com R$ 1,00 você era capaz de comprar 10 pãezinhos. Nos dias de hoje, (2020) você compra 10 pães de sal por R$ 1,00? Claro que não! O que aconteceu? Hoje você precisa de mais dinheiro para comprar o mesmo produto. Portanto, o valor do dinheiro diminuiu.
É notável que a inflação não atinge todas as pessoas da mesma forma. As mais atingidas são aquelas com baixo poder aquisitivo.
Existem dois tipos de inflação: de oferta e de demanda.
Inflação de oferta
Acontece quando os preços de matérias-primas básicas como eletricidade ou gasolina aumentam.
Inflação de demanda
Ocorre quando a demanda por algum produto aumenta. Por exemplo: se muitas pessoas resolvem trocar de carro, pode ser que as indústrias não consigam atender a tantos pedidos. Devido a esta situação (pouco carro no mercado e muita procura por este produto) o resultado será o aumento do preço dos automóveis.
No Brasil, existem dois índices que medem a inflação: o IPCA e o IGPM.
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
É considerado o termômetro oficial da inflação no Brasil e de responsabilidade do IBGE. O IPCA é um número que indica a variação de preço de um conjunto de produtos e serviços comuns a toda a população.
IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado)
Este índice é medido por uma entidade de mercado – FGV (Fundação Getúlio Vargas). O IGPM é o resultado de um conjunto de outros índices: IPA (Índice de Preços ao Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional do Custo da Construção). Podemos dizer que 60% do IGPM é representado pelo IPA, 30% é representado pelo IPC e 10% é representado pelo INCC.
Vamos imaginar a seguinte situação: “Caio toma emprestado de André uma importância de R$3.000,00. Após três meses Caio quitou sua dívida pagando a André um total de R$ 3.108,00”.
Analisando a situação anterior podemos retirar alguns conceitos essenciais para o entendimento não só de juros simples como para aplicações financeiras de modo geral. A importância que Caio tomou emprestado é chamada de Capital, já a dívida quitada no final do período recebe o nome de Montante. Note que Caio ficou com o dinheiro por três meses, este é o Período. Caio tomou emprestado R$ 3.000,00 e devolveu R$ 3.108,00. Note que Caio pagou os R$ 3.000,00 que tomou emprestado e além disso pagou R$108,00 a mais. Esse valor adicional recebe o nome Juros. Neste exemplo o valor de R$108,00 funciona como um aluguel pago pelo tempo que Caio ficou com o dinheiro. Do referido problema podemos calcular a taxa de juros da operação.
|
= 0,036 ou 3,6% a.t. |
Veja que a taxa de juros está ao trimestre. No exemplo, Caio permaneceu com o dinheiro por três meses. Neste caso dividimos o valor da taxa encontrada por 3 → 0,036 ÷ 3 = 0,012. Portanto, a taxa de juros mensal da aplicação foi de 1,2% a.m.
Para entendermos o conceito de Juros Simples, vamos analisar a situação onde um capital de R$3.000,00 é aplicado por 4 anos, a uma taxa de juros de 12% a.a. Abaixo foi montada uma tabela que apresenta as correções financeiras ano a ano.
Período | Capital | Juros | Montante |
---|---|---|---|
0 | 3.000,00 | – | 3.000,00 |
1 | 3.000,00 | 360,00 | 3.360,00 |
2 | 3.000,00 | 360,00 | 3.720,00 |
3 | 3.000,00 | 360,00 | 4.080,00 |
4 | 3.000,00 | 360,00 | 4.440,00 |
Note duas coisas importantes que permanecem fixas na tabela acima. Tanto o capital quanto o valor dos juros não muda. Permanecem fixos durante todo o período da operação. No regime de capitalização de Juros Simples os juros são calculados sempre sobre o capital inicial, que neste caso vale R$ 3.000,00.
As situações problema envolvendo Juros Simples podem ser modeladas através da fórmula:
Sendo:
J = Juros
C = Capital
i = Taxa de juro
n = O tempo de aplicação
Resolvendo o problema anterior usando a fórmula ficaria assim:
J = C • i • n
J = 3.000 • 0,12 • 4
J = 1.440
Portanto, após 4 anos o capital aplicado gerou R$1.440,00 de juros. É equivalente a soma dos valores da coluna Juros na tabela acima ou 4 x 360. Ao final dos 4 anos o aplicador retirou a importância de R$ 4.440,00. Este valor é o resultado da soma (3.000 + 1.440), ou seja, (capital + juros).
Logo, temos que:
Sendo:
M = Montante
C = Capital
J = Juros
Da fórmula dos Juros Simples obtemos que J = C • i • n. Portanto, podemos escrever:
M = C + C • i • n
Colocando C em evidência vem:
Qual o rendimento de uma aplicação de R$ 50.000,00 durante 3 anos à taxa de 6% a.t.?
Vamos anotar os dados do problema.
J = ?
C = 50.000
i = 6% a.t.
n = 3 anos
Note que a taxa i e o período n estão em unidades diferentes. Quando formos realizar os cálculos a taxa e o período deverão estar na mesma unidade.
1 ano possui 4 trimestres, logo 3 anos possui 12 trimestres.
Aplicando a fórmula, vem:
J = C • i • n
J = 50.000 • 0,06 • 12
J = 36.000
Portanto, o rendimento da aplicação é de R$ 36.000,00.
Duas pessoas têm juntas R$ 261.640,00 e empregam o que têm à taxa de 40% ao ano. Após 2 anos, a primeira recebe R$ 69.738,00 de juro a mais que a segunda. Qual o capital de cada uma?
Vamos anotar os dados do problema.
CA = Capital da pessoa A
CB = Capital da pessoa B
CT = Capital Total (CA + CB = R$ 261.640,00)
i = 40% a.a.
n = 2 anos
JT = CT • i • n
JT = 261.640 • 0,4 • 2
JT = 209.312
Do problema obtivemos a informação de que a pessoa A recebeu R$ 69.738,00 de juro a mais que a segunda.
JA + JB = 209.312
(JB + 69.738) + JB = 209.312
2 • JB + 69.738 = 209.312
2 • JB = 139.574
JB = 139.574 ÷ 2
JB = 69.787
Como JA = JB + 69.738
JA = 69.787 + 69.738 = 139.525
Temos então:
JA = 139.525
JB = 69.787
Agora vamos calcular o capital sobre esses juros.
JA = CA • i • n
139.525 = CA • 0,4 • 2
CA = 139.525 ÷ 0,8
CA = 174.406,25
Portanto, o capital investido por A foi de R$ 174.406,25.
JB = CB • i • n
69.787 = CB • 0,4 • 2
CB = 69.787 ÷ 0,8
CB = 87.233,75
Portanto, o capital investido por B foi de R$ 87.233,75.
Somando estes dois capitais 174.406,25 + 87.233,75 chegamos a 261.640.
Duas taxas são ditas proporcionais quando formam uma proporção com os períodos a elas referidos. Lembre-se de que os períodos deverão estar na mesma unidade.
|
= |
|
Calcule a taxa mensal proporcional a 30% ao ano.
Dados do problema:
i1 = 30% ao ano
i2 = x% ao mês
n1 = (1 ano) 12 meses
n2 = 1 mês
Agora montamos a proporção.
|
= |
|
|
= |
|
Multiplicando cruzado fica:
12x = 30
x = 30 ÷ 12
x = 2,5
Portanto, 30% a.a. é proporcional a 2,5% a.m.
Calcule a taxa anual proporcional a 8% ao trimestre.
Dados do problema:
i1 = 8% ao trimestre
i2 = x% ao ano
n1 = 1 trimestre
n2 = 4 trimestres
Agora montamos a proporção.
|
= |
|
|
= |
|
Multiplicando cruzado fica:
x = 8 • 4
x = 32
Portanto, 8% a.t. é proporcional a 32% a.a.
Calcule a taxa mensal proporcional a 0,08% ao dia.
Dados do problema:
i1 = 0,08% ao dia
i2 = x% ao mês
n1 = 1 dia
n2 = 30 dias
Agora montamos a proporção.
|
= |
|
|
= |
|
Multiplicando cruzado fica:
x = 0,08 • 30
x = 2,4
Portanto, 0,08% a.d. é proporcional a 2,4% a.m.
Para entendermos o conceito de taxas equivalentes vamos ver um exemplo.
Veja o valor de juros produzidos por um capital de R$ 2.000,00:
• aplicado à uma taxa de 4%a.m., durante 6 meses;
J = C • i • n
J = 2.000 • 0,04 • 6
J = 480
• aplicado à uma taxa e 12%a.t., durante 2 trimestres.
J = C • i • n
J = 2.000 • 0,12 • 2
J = 480
Veja que o valor dos juros é o mesmo. Portanto, podemos dizer que duas taxas são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital, durante um mesmo período, produzem o mesmo juro.
Logo, podemos dizer que 4% a.m. é equivalente a 12% a.t.
No regime de juros simples duas taxas equivalentes são proporcionais.
Nessa modalidade o juro é calculado levando-se em conta os seguintes critérios:
• O prazo é contato em dias;
• O mês = número real de dias conforme o calendário;
• O ano civil possui 365 dias ou 366 quando for bissexto.
Como obter o número exato de dias entre duas datas?
1° – podemos contar diretamente num calendário.
2° – podemos considerar o número exato de dias de cada mês.
31 dias: janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro.
30 dias: abril, junho, setembro, novembro.
28 ou 29 dias: fevereiro.
Quantos dias há entre 15/06/2020 a 21/08/2020?
Vamos dividir esta tarefa em etapas:
15/06/2020 a 15/07/2020 → 30 dias
15/07/2020 a 15/08/2020 → 31 dias
15/08/2020 a 21/08/2020 → 6 dias
Logo:
15 de junho a 21 de agosto: 30 + 31 + 6 = 67 dias
3º – pelo uso da tabela para contagem de dias (acesse aqui).
Quantos dias há entre 15/06/2020 a 21/08/2020?
Primeiro localizamos a interseção entre a linha 21 e a coluna agosto. Anotamos o número encontrado (233).
Segundo localizamos a interseção entre a linha 15 e a coluna junho. Anotamos o número encontrado (166).
Agora subtraimos: 233 – 166 = 67 dias
Um empréstimo de R$ 8.500,00 foi realizado em 20/07 e pago em 25/11 do mesmo ano. Sabendo que a taxa foi de 45% ao ano, qual o juro total a ser pago?
Dados do problema:
Capital: 8.500,00
Taxa: 45%(0,45) a.a.
Período: 20/07 a 25/11 (329 – 201 = 128 dias)
Consulta realizada na tabela de contagem de dias.
Note que o período está em dias e a taxa em ano. Devemos ter ambos na mesma unidade. Vamos obter a taxa ao dia.
|
= |
|
Logo, a taxa será 0,45 ÷ 360 = 0,00125.
Aplicando a fórmula dos juros simples, vem:
J = C • i • n
J = 8.500 • 0,00125 • 128
J = 1.360,00
Portanto, o juro a ser pago é de R$ 1.360,00.
Encontre os juros simples auferidos em uma aplicação de R$ 15.000,00 a uma taxa de 16% a.a., de 20 de abril de 2003 a 1º de julho de 2003.
Dados do problema:
Capital: 15.000,00
Taxa: 16%(0,16) a.a.
Período: 20/03 a 01/07 (182 – 110 = 72 dias)
Consulta realizada na tabela de contagem de dias.
Novamente percebemos que a taxa está em ano e o período em dias. Devemos ter ambas na mesma unidade.
|
= |
|
A taxa diária será 0,16 ÷ 365. Este valor é um pouco grande e será omitido aqui.
Aplicando a fórmula dos juros simples, vem:
J = C • i • n
J = 15.000 • (0,16 ÷ 365) • 72
J = 473,42
Portanto, o juro auferido é de R$ 473,42.
A que taxa mensal deve estar aplicada a quantia de R$ 66.000,00 para que, em 3 meses e 10 dias, renda um juro de R$ 11.000,00?
Dados do problema:
Capital: 66.000,00
Taxa: x% a.m.
Período: 3 meses e 10 dias
Juro: 11.000,00
O problema pede a taxa mensal. Temos o período fracionário. Devemos tornar todo o período como mensal.
3 meses inteiros + (10 dias ÷ 30 dias)
3 + |
|
3 + |
|
meses |
Pronto, agora é só aplicar a fórmula dos juros simples.
J = C • i • n
11.000 = 66.000 • i • (3 + 1/3)
11 = 66i(3 + 1/3)
11 = 198i + 22i
11 = 220i
i = 0,05
Portanto, a taxa é de 5% a.m.
Esta modalidade é bastante simples. Aqui consideramos o mês com 30 dias e o ano civil com 360 dias. Simples assim.
Qual o juro simples comercial de uma aplicação de R$66.000,00 durante 1 ano e 2 meses à taxa de 2,2% a.m.?
Dados do problema:
Capital: 66.000,00
Taxa: 2,2% a.m.
Período: 1 ano e 2 meses
Juro: ?
J = C • i • n
J = 66.000 • 0,022 • 14
J = 20.328
Logo, o valor do juro procurado é R$ 20.328,00.
Qual o valor do capital que aplicado durante 1 ano e 3 meses à taxa de 3%a.m., rendeu R$900,00?
Dados do problema:
Capital: ?
Taxa: 3% a.m.
Período: 1 ano e 3 meses
Juro: 900,00
J = C • i • n
900 = C • 0,03 • 15
C = 900 ÷ 0,45
C = 2000
Portanto, o valor do capital é R$ 2.000,00.
Sabendo que um capital foi duplicado em 8 anos a juro simples, a que taxa foi empregado esse capital?
Vamos simular a aplicação através da tabela abaixo:
n | C | i | J | M |
---|---|---|---|---|
1 | C | i | 0 | C |
2 | C | i | J | C + J |
… | … | … | … | … |
8 | C | i | J | 2C |
No início da aplicação não incorrem juros, portanto o montante é igual ao capital. Após 1 ano já passam a incorrer juros e o montante no final de 1 ano de aplicação é igual ao capital adicionado aos juros (M = C + J). No final da aplicação, ou seja, 8 anos depois o capital foi duplicado (2C).
M = C + J
2C = C + (C • i • n)
2C = C(1 + i • n)
Note que temos a variável C em ambos os lado da equação e podemos eliminá-la.
2 = (1 + i • n)
2 – 1 = i • n
1 = i • n
1 = i • 8
i = 1 ÷ 8 → 0,125 ou 12,5%a.a.
Portanto, o capital foi empregado a uma taxa de 12,5% a.a.
Imagine a seguinte situação:
Rogério possui uma dívida de valor N a ser quitada daqui n meses. No entanto, um mês antes do vencimento,
ele decide quitar a dívida. No ato do pagamento Rogério pagará um valor inferior a N, um valor V. Por efetuar o
pagamento da dívida antes e seu vencimento, o devedor se beneficia de um abatimento correspondente ao juro que seria
gerado por esse dinheiro durante o intervalo de tempo que falta para o vencimento.
Esse benefício recebe o nome de Desconto.
Acompanhe o significados das letras na situação-problema acima:
N: Valor nominal ou valor de face (valor da dívida na data de vencimento)
V: Valor atual (valor líquido pago ou recebido antes do vencimento)
n: período entre o dia em que se negocia a dívida e o de seu vencimento
i: apesar de não informada na situação-problema as operações de desconto ocorrem com base numa taxa de desconto
Vimos anteriormente que um determinado capital C aplicado por determinado tempo a uma taxa de juros específica
produzirá um montante M. Note que se um capital C for aplicado “hoje” a uma determinada taxa quanto terei de
montante no futuro? Realizar o processo inverso é obter o desconto. Quanto pagarei hoje ao descontar um título (dívida)
que vencerá daqui n períodos?
De acordo com Antônio Arnot Crespo – Matemática financeira fácil (2009, p.103):
Com relação aos títulos de crédito pode ocorrer:
• que o devedor efetue o pagamento antes do dia predeterminado.(…)
• que o credor necessite do seu dinheiro antes da data predeterminada. Neste caso, ele pode vender o título de crédito a
um terceiro e é justo que este último obtenha um lucro, correspondente ao juro do capital que adianta, no intervalo de
tempo que falta para o devedor liquidar o pagamento; assim ele paga uma quantia menor que a fixada no título de crédito.
O desconto simples por fora é calculado sobre o valor nominal do título, ou seja, o valor futuro.
1) Um título de crédito com valor nominal de R$ 15.000,00 será descontada 4 meses antes de
seu vencimento, à taxa de desconto comercial simples de 60% a.a. Determine:
a) O valor do desconto
b) O valor descontado do título
Dados do problema:
N = R$ 15.000,00
n = 4 meses → 4/12 ano
i = 60% a.a.
d = ?
A = ?
a) o valor do desconto:
d = N * i * n
d = 15000 * 0,6 * 4/12
d = 3000
Portanto, o desconto será de R$ 3.000,00.
b) o valor descontado:
A = N – d
A = 15000 – 3000 = 12000
Portanto, o valor que o proprietário do título receberá será de R$ 12.000,00.
2) Uma nota promissória com valor nominal de R$ 20.000,00 foi descontada 5 meses antes do
vencimento. Sabendo-se que o valor descontado foi de R$ 16.000,00, determine a taxa de desconto bancário
simples adotada na operação.
Dados do problema:
N = R$ 20.000,00
n = 5 meses
A = R$ 16.000,00
i = ?
A = N(1 – in)
16000 = 20000(1 – i*5)
16000 = 20.000 – 100.000i
-4000 = -100.000i
i | = |
|
= | 4% a.m. |
Logo, a taxa de desconto aplicada na operação foi de 4% a.m.
3) Um título de crédito com valor de resgate igual a R$ 25.000,00 foi descontado à taxa de desconto simples por fora de 8% a.m. Se o valor descontado foi de R$ 18.000,00, determine o tempo que faltava para o vencimento do título.
Dados do problema:
N = R$ 25.000,00
A = 18.000,00
i = 8% a.m.
n = ?
A = N(1 – in)
18000 = 25.000(1 – 0,08n)
18.000 = 25.000 – 2.000n
-7.000 = -2.000n
n | = |
|
= | 3,5 meses ou 3 meses e 15 dias |
O desconto simples por dentro é calculado sobre o valor atual do título, ou seja, o valor resgatado antes do vencimento.
A | = |
|
Como d = A * i * n
d | = |
|
1) Um título com valor nominal de R$ 20.000,00 é descontado 6 meses antes de seu vencimento, à taxa de desconto racional simples de 120% a.a. Determine o valor do desconto e o valor descontado do título.
Dados do problema:
N = R$ 20.000,00
n = 6 meses
i = 120% a.a. ou 120 / 12 = 10% a.m.
d = ?
A = ?
A | = |
|
A | = |
|
= |
|
A = 12.500
Portanto, o valor descontado do título foi de R$ 12.500,00.
O valor do desconto será d = N – A → d = 20.000 – 12.500 = 7.500.
2) O valor do desconto de uma nota promissória é de R$ 15.000,00. Sabendo-se que foi utilizado o desconto racional simples, à taxa de 8% a.m., 120 dias antes do vencimento do título, determine o seu valor nominal.
Dados do problema:
d = R$ 15.000,00
i = 8% a.m.
n = 120 dias ou 4 meses
N = ?
d | = |
|
15.000 | = |
|
||
15.000 | = |
|
19.800 = 0,32N
N = 61.875
Logo, o valor nominal do título é de R$ 61.875,00.
3) Um duplicata foi submetida a desconto simples por dentro 5 meses antes de seu vencimento. Sabendo-se que o valor atual corresponde ao triplo do valor do desconto, determine a taxa de desconto aplicada.
Dados do problema:
n = 5 meses
A = 3d
i = ?
d = N – A
d = N – 3d
N = 4d
d | = |
|
d | = |
|
d(1 + in) = 4din
1 + in = 4in
1 = 3in
i = 1/3n
i = 1/15 ou 0,0667
Portanto, a taxa de desconto aplicada foi de aproximadamente 6,67% a.m.
d F = N * i * n
d D | = |
|
d D | = |
|
d F = d D(1 + in)
Para entendermos o que é taxa efetiva de desconto a juros simples veja a situação abaixo:
Quando não há despesas envolvidas na operação:
1) Um título com valor nominal de $25.000,00 foi descontado 4 meses antes de seu vencimento, à taxa de desconto simples por fora de 5% a.m. Calcular o valor atual do título, o valor atual líquido e a taxa de ganho efetiva linear do banco, sabendo-se que este cobra uma taxa de serviço bancário igual a 1% do valor nominal do título.
Dados do problema:
N = $25.000,00
n = 4 meses
i = 5% a.m.
A = ?
Al = ?
ie = ?
Despesas bancárias: 1% do valor nominal do título
A = N(1 – in)
A = 25.000(1 – 0,05*4)
A = 20.000
Porém o banco cobra uma taxa de 1% sobre o valor nominal do título, portanto o valor que o cliente irá receber será:
Al = 20.000 – 0,01 * 25.000 = 19.750
Para encontrarmos a taxa efetiva de ganho do banco devemos olhar do ponto de vista do banco. Este realizou uma aplicação de $19.750.
J = c * i * n
25.000 – 19.750 = 19.750 * ie * 4
5.250 = 19.750 * ie * 4
ie = 6,65% a.m.
2) Um título com valor nominal de $20.000,00 foi descontado 3 meses antes de seu vencimento, à taxa de desconto bancário simples de 5% a.m. Sabendo-se que o banco cobra, a título de despesas administrativas, o valor fixo de $100,00 para cada título descontado, pergunta-se: qual o valor atual do título, o valor atual líquido e a taxa de desconto efetiva linear?
Dados do problema:
N = $20.000
n = 3 meses
i = 5% a.m.
despesas bancárias: $100 por título descontado
A = ?
Al = ?
ie = ?
A = N(1 – in)
A = 20.000(1 – 0,05*3)
A = 17.000
O valor atual líquido leva em consideração a despesa administrativa cobrada pelo banco.
Al = 17.000 – 100 = 16.900
J = C * i * n
20.000 – 16.900 = 16.900 * ie * 3
3.100 = 50.700*ie
ie = 6,11% a.m.
Para entendermos o conceito de Juros compostos, vamos analisar a situação onde um capital de R$3.000,00 é aplicado por 4 anos, a uma taxa de juros de 12% a.a.
Após o 1º ano
Quanto rendeu de juro?
J = C • i • n
O valor de n será sempre igual a 1, pois estamos calculando ano a ano. Portanto, podemos considerar a fórmula como J = C • i.
J = 3000 • 0,12 = 360
Qual o valor do montante?
M = C + J
M = 3000 + 360 = 3.360
Após o 2º ano
Quanto rendeu de juro?
Nesse momento o capital não será mais de R$3.000,00, mas o montante de R$ 3.360,00. Esse será meu novo capital.
J = 3.360 • 0,12 = 403,20
Qual o valor do montante?
M = C + J
M = 3.360 + 403,20 = 3.763,20
Após o 3º ano
Quanto rendeu de juro?
Da mesma forma que ocorreu no período anterior o capital neste momento será o montante do período anterior, ou seja, R$ 3.763,20.
J = 3.763,20 • 0,12 = 451,58
Qual o valor do montante?
M = C + J
M = 3.763,20 + 451,58 = 4.214,78
Após o 4º ano
Quanto rendeu de juro?
Obedecendo ao padrão anterior escrevemos:
J = 4.214,78 • 0,12 = 505,77
Qual o valor do montante?
M = C + J
M = 4.214,78 + 505,77 = 4.720,56
Veja o esquema da aplicação representado na tabela abaixo:
Período | Capital | Juros | Montante |
---|---|---|---|
0 | 3.000,00 | – | 3.000,00 |
1 | 3.000,00 | 360,00 | 3.360,00 |
2 | 3.360,00 | 403,20 | 3.763,20 |
3 | 3.763,20 | 451,58 | 4.214,78 |
4 | 4.214,78 | 505,77 | 4.720,56 |
Perceba que neste regime de capitalização, o juro a partir do segundo período é calculado sobre o montante do período anterior.
Juro composto é aquele em que cada período de aplicação, a partir do segundo, é calculado sobre o montante do período anterior.
Você pôde notar no exemplo anterior que se torna trabalhoso executar todos aqueles passos. Por isso, vamos deduzir uma fórmula com o finalidade de agilizar os cálculos.
1º Período
J1 = C • i
M1 = C + J1 = C + C • i = C(1 + i)
2º Período
J2 = M1 • i =
M2 = M1 + J2 = M1 + M1 • i = M1(1 + i)
Do 1° período temos que M1 = C(1 + i)
M2 = C(1 + i)(1 + i) = C(1 + i)²
3º Período
J3 = M2 • i =
M3 = M2 + J3 = M2 + M2 • i = M2(1 + i)
Do 2° período temos que M2 = C(1 + i)²
M3 = C(1 + i)²(1 + i) = C(1 + i)³
Portanto, ao repetirmos o processo para n períodos temos:
Sendo:
M = Montante
C = Capital
i = Taxa de juro
n = O tempo de aplicação
Resolvendo o problema anterior usando a fórmula ficaria assim:
M = C(1 + i)n
M = 3.000(1 + 0,12)4
M = 4.720,56
Com a fórmula deduzida ficou fácil, né?
Calcule o capital que, no prazo de 5 meses, a 3% ao mês, produziu o montante de R$ 4.058,00.
Dados do problema:
Capital: ?
Taxa: 3% a.m.
Período: 5 meses
Montante: 4.058
Aplicando a fórmula temos:
M = C(1 + i)n
4.058 = C(1 + 0,03)5
C | = |
|
= | 3.500 |
Logo, o capital procurado é de R$3.500,00.
A que taxa mensal de juros compostos, um capital de R$12.500,00 pode transformar-se em R$15.373,42, no período de 7 meses?
Dados do problema:
Capital: 12.500
Taxa: x% a.m.
Período: 7 meses
Montante: 15.373,42
Aplicando a fórmula temos:
M = C(1 + i)n
15.373,42 = 12.500(1 + i)7
|
= | (1 + i)7 |
(1.2298736)1/7 = 1 + i
i = 1.029999968 – 1
i = 0,029999968 → ≅ 0,03 ou 3% a.m.
Em que prazo um empréstimo de R$ 35.000,00 pode ser pago pela quantia de R$47.900,00, se a taxa de juros cobrada for de 4%a.m.?
Dados do problema:
Capital: 35.000
Taxa: 4% a.m.
Período: x meses
Montante: 47.900
Aplicando a fórmula temos:
M = C(1 + i)n
47.900 = 35.000(1 + 0,04)n
|
= | (1,04)n |
Para encontrarmos o valor de n faremos uso dos logaritmos.
ln(47.900/35.000) = ln(1,04)n
ln(47.900/35.000) = n • ln(1,04)
n | = |
|
= | 8 |
Portanto, o prazo para o empréstimo ser pago é de 8 meses.
Quanto Fabrício deve aplicar hoje, a juros compostos, em uma instituição financeira que paga uma taxa de 1,2% a.m., para pagar uma dívida de R$38.000,00 que vence daqui a 3 meses?
Fabrício possui uma dívida no valor de R$38.000,00 que vence daqui a 3 meses. Visto que, ele não possui este dinheiro ele quer saber quanto deve aplicar agora para daqui 3 meses ter como pagar esta dívida.
Portanto, qual o capital que aplicado a uma taxa de 1,2%a.m. durante 3 meses produz um montante de R$38.000,00? Veja como a situação que acabamos de montar resolve o problema do Fabrício.
Dados do problema:
Capital: C
Taxa: 1,2% a.m.
Período: 3 meses
Montante: 38.000
M = C(1 + i)n
38.000 = C(1 + 0,012)3
38.000 = C(1,012)3
C = 38.000 ÷ (1,012)3
C = 36.664,19
Portanto, Fabrício deverá depositar hoje o valor de R$36.664,19 para daqui 3 meses pagar sua dívida.
Do regime de Juros simples, vimos que duas taxas são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital, durante um mesmo período, produzem o mesmo juro. No caso do regime de Juros compostos, duas taxas serão equivalentes quando produzirem o mesmo montante se aplicadas a um mesmo capital, durante um mesmo período.
Vamos deduzir a fórmula abaixo:
M1 = C(1 + i1)n1
M2 = C(1 + i2)n2
Se a taxa i1 for equivalente a i2, então M1 = M2
C(1 + i1)n1 = C(1 + i2)n2
(1 + i1)n1 = (1 + i2)n2
(1 + i1) = (1 + i2)n2/n1
i1 = (1 + i2)n2/n1 – 1
Onde:
id = taxa diária
im = taxa mensal
it = taxa trimestral
iq = taxa quadrimestral
is = taxa semestral
ia = taxa anual
Qual é a taxa trimestral equivalente a 30% ao ano?
1 + ia = (1 + it)4
1 + 0,3 = (1 + it)4
(1,3)1/4 = 1 + it
it = (1,3)1/4 – 1
it = 0.067789972 → 6,78% a.t.
Calcule a taxa quadrimestral equivalente à taxa de juros compostos de 8% ao ano.
1 + ia = (1 + iq)3
1 + 0,08 = (1 + iq)3
(1,08)1/3 = 1 + iq
iq = (1,08)1/3 – 1
iq = 0.025985568 → 2,6% a.q.
O capital de R$ 9.200,00 foi colocado em regime de capitalização composta durante 1 ano e 9 meses, à taxa de 36% ao ano. Qual o montante?
Dados do problema:
C = 9.200
i = 36% a.a.
n = 1 ano e 9 meses = 21 meses
M = ?
Note que a taxa está ao ano e o período em meses. Devemos ter ambos na mesma unidade de tempo. Portanto, qual é a taxa mensal equivalente a 36% a.a.?
1 + ia = (1 + im)12
1 + 0,36 = (1 + im)12
(1,36)1/12 = 1 + im
im = (1,36)1/12 – 1
im = 0,025954834 → 2,59% a.m.
Agora aplicamos a fórmula fundamental do montante.
M = C(1 + i)n
M = 9.200(1 + 0,025954834)21
M = 15.757,30
Ao final do período o montante será de R$ 15.757,30.
A taxa nominal é aquela cujo período de capitalização (quando o juros são incorporados ao principal) não coincide com aquele a que ela se refere.
Veja alguns exemplos:
Taxa nominal de 48% ao ano capitalizada mensalmente.
Juros de 36% ao ano capitalizados semestralmente.
Taxa de 6%a.t. capitalizada mensalmente.
Nos três casos acima, o período da taxa é diferente do período de capitalização. Por exemplo: a taxa de 48%a.a. ao invés de ser capitalizada um só vez por ano, será capitalizada 12 vezes, ou seja, a cada mês os juros serão incorporados ao capital. Da mesma forma, a taxa de 6%a.t. será capitalizada três vezes no período informado e não apenas uma vez após 3 meses.
Por convenção, a taxa por período de capitalização é proporcional à taxa nominal.
Na taxa efetiva o período de capitalização é igual ao período informado pela taxa. E é esta a taxa cobrada nas transações financeiras. Além disso ela é maior do que a taxa nominal. Para melhorar sua compreensão vamos analisar o seguinte cenário:
Uma empresa adquiriu um empréstimo de R$ 30.000,00 a ser quitado em um único pagamento de R$ 38.000,00 daqui um mês. No ato da contratação foi paga uma taxa de serviço de 5% sobre o valor do empréstimo.
Note duas coisas que ficam evidentes: primeiro o valor de R$ 30.000,00 tomado emprestado e, segundo, a taxa de 5% cobrada.
M = C(1 + i)n
38.000 = 30.000(1 + i) → como o período é de um mês, logo n = 1.
(38 ÷ 30) – 1 = i
i = 26,67% a.m. → taxa nominal mensal
Agora note como valor da taxa muda quando acrescentamos a taxa de serviço cobrada pela instituição financeira.
Valor realmente contratado = 30.000 – (0,05 • 30.000) = 28.500
M = C(1 + i)n
38.000 = 28.500(1 + i)
(380 ÷ 285) – 1 = i
i = 33,33% a.m. → taxa efetiva mensal
Portanto, a taxa efetiva é aquela calculada sobre o valor efetivamente aplicado ou tomado emprestado.
Qual é o valor de resgate de um capital de R$ 200 aplicado pelos seguintes prazos e taxas:
a) 27 dias a 9% a.m. capitalizados diariamente?
b) 6 meses a 28% a.a. capitalizados mensalmente?
a) 27 dias a 9% a.m. capitalizados diariamente?
Dados do problema:
C = 200
i = 9% a.m./a.d
n = 27 dias
M = ?
Devemos ter taxa i e período n na mesma unidade de tempo. Vamos encontrar o valor da taxa diária.
i = 0,09 ÷ 30 = 0,003 a.d.
M = C(1 + i)n
M = 200(1 + 0,003)27
M = 216,85
b) 6 meses a 28% a.a. capitalizados mensalmente?
Dados do problema:
C = 200
i = 28% a.a./a.m
n = 6 meses
M = ?
Devemos ter taxa i e período n na mesma unidade de tempo. Vamos encontrar o valor da taxa mensal.
i = 0,28 ÷ 12 = 0,0233333… a.m.
M = C(1 + i)n
M = 200(1 + 0,023333…)6
M = 229,69
Imagine a seguinte situação:
Josué investiu R$.2000,00 a juros compostos durante 4 meses e 15 dias a uma taxa de 6% a.m. Qual o montante após este período?
Vamos recolher os dados do problema:
Capital = 2.000
Período = 4 meses e 15 dias
Taxa de juros = 6% a.m.
Montante = ?
Note que o período financeiro não é inteiro. Neste caso admitem-se duas alternativas de cálculo: convenção exponencial e convenção linear.
Convenção exponencial
Nesta modalidade, o montante é calculado a juros compostos durante todo o período (parte inteira + fracionária).
Onde n reprenta a parte inteira do período e p/q a parte fracionária.
Convenção linear
Nesta modalidade, o montante é calculado a juros compostos durante a parte inteira do período e a juros simples durante o período fracionário.
Onde n reprenta a parte inteira do período e p/q a parte fracionária.
Josué investiu R$.2000,00 a juros compostos durante 4 meses e 15 dias a uma taxa de 6% a.m. Qual o montante pelas convenções exponencial e linear?
Dados do problema:
Capital = 2.000
Período = 4 meses e 15 dias
Taxa de juros = 6% a.m.
Montante = ?
Pela convenção exponencial
M = C(1 + i)n + p/q
M = 2.000(1 + 0,06)4 + 15/30
M = 2.000(1 + 0,06)4 + 1/2
M = 2.000(1 + 0,06)9/2
M = 2.599,60
Um outra maneira de resolver (não usando as convenções) seria tornar todo o período em dias e transformar a taxa mensal para diária.
Dados do problema:
Capital = 2.000
Período = 4 meses e 15 dias → 120 dias + 15 dias = 135 dias
Taxa de juros = 6% a.m.
→ (1 + id)360 = (1 + im)12
→ (1 + id)360 = (1 + 0,06)12
→ id = (1,06)12/360 – 1
→ id = (1,06)1/30 – 1
Montante = ?
M = C(1 + i)n
M = 2.000(1 + (1,06)1/30)135
M = 2.599,60
Qual será o montante de R$ 3.000,00, a juros compostos de 47% a.a., em 4 anos e 3 meses pela convenção exponencial?
Dados do problema:
Capital = 3.000
Período = 4 ano e 3 meses
Taxa de juros = 47% a.a.
Montante = ?
M = C(1 + i)n + p/q
M = 3.000(1 + 0,47)4 + 3/12
M = 3.000(1 + 0,47)4 + 1/4
M = 3.000(1 + 0,47)17/4
M = 15.424,81
Para um capital de R$25.000,00, aplicado durante 77 dias a juros de 5% a.m., calcular o montante utilizando as convenções linear e exponencial.
Dados do problema:
Capital = 25.000
Período = 77 dias → 2 meses e 17 dias
Taxa de juros = 5% a.m.
Montante = ?
Pela convenção exponencial
M = C(1 + i)n + p/q
M = 25.000(1 + 0,05)2 + 17/30
M = 25.000(1 + 0,05)77/30
M = 28.335,17
Pela convenção linear
M = C(1 + i)n • (1 + p/qi)
M = 25.000(1 + 0,05)2 • (1 + 17/30(0,05))
M = 28.343,44
Vamos analisar o rendimento de um capital C em alguns cenários hipotéticos.
• Com um taxa de inflação nula e uma taxa de juros ir o capital C inicial se transformará, ao final de um período, em : C(1 + ir)
• Com uma taxa de inflação I, o capital C inicial, ao final de um período, equivalerá a: C(1 + I)
• Com uma taxa de juros ir e uma taxa de inflação I, simultaneamente, o capital C inicial equivalerá a: C(1 + ir)(1 + I)
• Com uma taxa aparente i, o capital C inicial se transformará, ao final dde um período, em: C(1 + i)
A taxa aparente é aquela que vigora nas operações correntes e é formada por dois componentes: um correspondente à inflação e outro correspondente ao juro real. Portanto:
C(1 + i) = C(1 + ir)(1 + I)
Onde:
i = taxa aparente
ir = taxa real
I = taxa de inflação
Imagine a seguinte situação:
Rogério possui uma dívida de valor N a ser quitada daqui n meses. No entanto, um mês antes do vencimento, ele decide quitar a dívida. No ato do pagamento Rogério pagará um valor inferior a N, um valor V. Por efetuar o pagamento da dívida antes e seu vencimento, o devedor se beneficia de um abatimento correspondente ao juro que seria gerado por esse dinheiro durante o intervalo de tempo que falta para o vencimento.
Esse benefício recebe o nome de Desconto.
Acompanhe o significados das letras na situação-problema acima:
N: Valor nominal ou valor de face (valor da dívida na data de vencimento)
V: Valor atual (valor líquido pago ou recebido antes do vencimento)
n: período entre o dia em que se negocia a dívida e o de seu vencimento
i: apesar de não informada na situação-problema as operações de desconto ocorrem com base numa taxa de desconto
Vimos anteriormente que um determinado capital C aplicado por determinado tempo a uma taxa de juros específica produzirá um montante M. Note, seu um capital C for aplicado “hoje” a uma determinada taxa quanto terei de montante no futuro? Realizar o processo inverso é obter o desconto. Quanto pagarei hoje ao descontar um título (dívida) que vencerá daqui n períodos?
De acordo com Antônio Arnot Crespo – Matemática financeira fácil (2009, p.103):
Com relação aos títulos de crédito pode ocorrer:
• que o devedor efetue o pagamento antes do dia predeterminado.(…)
• que o credor necessite do seu dinheiro antes da data predeterminada. Neste caso, ele pode vender o título de crédito a um terceiro e é justo que este último obtenha um lucro, correspondente ao juro do capital que adianta, no intervalo de tempo que falta para o devedor liquidar o pagamento; assim ele paga uma quantia menor que a fixada no título de crédito.
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun |
---|---|---|---|---|---|
1 | 32 | 60 | 91 | 121 | 152 |
2 | 33 | 61 | 92 | 122 | 153 |
3 | 34 | 62 | 93 | 123 | 154 |
4 | 35 | 63 | 94 | 124 | 155 |
5 | 36 | 64 | 95 | 125 | 156 |
6 | 37 | 65 | 96 | 126 | 157 |
7 | 38 | 66 | 97 | 127 | 158 |
8 | 39 | 67 | 98 | 128 | 159 |
9 | 40 | 68 | 99 | 129 | 160 |
10 | 41 | 69 | 100 | 130 | 161 |
11 | 42 | 70 | 101 | 131 | 162 |
12 | 43 | 71 | 102 | 132 | 163 |
13 | 44 | 72 | 103 | 133 | 164 |
14 | 45 | 73 | 104 | 134 | 165 |
15 | 46 | 74 | 105 | 135 | 166 |
16 | 47 | 75 | 106 | 136 | 167 |
17 | 48 | 76 | 107 | 137 | 168 |
18 | 49 | 77 | 108 | 138 | 169 |
19 | 50 | 78 | 109 | 139 | 170 |
20 | 51 | 79 | 110 | 140 | 171 |
21 | 52 | 80 | 111 | 141 | 172 |
22 | 53 | 81 | 112 | 142 | 173 |
23 | 54 | 82 | 113 | 143 | 174 |
24 | 55 | 83 | 114 | 144 | 175 |
25 | 56 | 84 | 115 | 145 | 176 |
26 | 57 | 85 | 116 | 146 | 177 |
27 | 58 | 86 | 117 | 147 | 178 |
28 | 59 | 87 | 118 | 148 | 179 |
29 | 88 | 119 | 149 | 180 | |
30 | 89 | 120 | 150 | 181 | |
31 | 90 | 151 |
Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez |
---|---|---|---|---|---|
182 | 213 | 244 | 274 | 305 | 335 |
183 | 214 | 245 | 275 | 306 | 336 |
184 | 215 | 246 | 276 | 307 | 337 |
185 | 216 | 247 | 277 | 308 | 338 |
186 | 217 | 248 | 278 | 309 | 339 |
187 | 218 | 249 | 279 | 310 | 340 |
188 | 219 | 250 | 280 | 311 | 341 |
189 | 220 | 251 | 281 | 312 | 342 |
190 | 221 | 252 | 282 | 313 | 343 |
191 | 222 | 253 | 283 | 314 | 344 |
192 | 223 | 254 | 284 | 315 | 345 |
193 | 224 | 255 | 285 | 316 | 346 |
194 | 225 | 256 | 286 | 317 | 347 |
195 | 226 | 257 | 287 | 318 | 348 |
196 | 227 | 258 | 288 | 319 | 349 |
197 | 228 | 259 | 289 | 320 | 350 |
198 | 229 | 260 | 290 | 321 | 351 |
199 | 230 | 261 | 291 | 322 | 352 |
200 | 231 | 262 | 292 | 323 | 353 |
201 | 232 | 263 | 293 | 324 | 354 |
202 | 233 | 264 | 294 | 325 | 355 |
203 | 234 | 265 | 295 | 326 | 356 |
204 | 235 | 266 | 296 | 327 | 357 |
205 | 236 | 267 | 297 | 328 | 358 |
206 | 237 | 268 | 298 | 329 | 359 |
207 | 238 | 269 | 299 | 330 | 360 |
208 | 239 | 270 | 300 | 331 | 361 |
209 | 240 | 271 | 301 | 332 | 362 |
210 | 241 | 272 | 302 | 333 | 363 |
211 | 242 | 273 | 303 | 334 | 364 |
212 | 243 | 304 | 365 |
No nosso dia a dia, deparamo-nos, frequentemente com informações numéricas organizadas na forma de tabelas. Seja em revistas, jornais, televisão, seja na internet as tabelas estão sempre presente. Veja como podemos encontrar matrizes no nosso cotidiano.
1° caso: Um fast food de sanduíches naturais vende dois tipos de sanduíches, A e B, utilizando os ingredientes (queijo, atum, salada, rosbife) nas seguintes quantidades (em gramas) por sanduíche.
Sanduíche A | Sanduíche B | |
---|---|---|
queijo | 18g | 10g |
salada | 26g | 33g |
rosbife | 23g | 12g |
atum | 10g | 16g |
2º Caso: Foram recolhidos os dados referentes à altura, ao peso e à idade de um grupo de 4 indivíduos e, em seguida, dispostos numa tabela.
Altura (m) | Peso (kg) | Idade (anos) | |
---|---|---|---|
Marcos | 1,70 | 70 | 23 |
Juliana | 1,75 | 60 | 45 |
Antônio | 1,60 | 52 | 25 |
Gabriela | 1,81 | 72 | 30 |
São utilizadas letras maiúsculas para representar matrizes genéricas e letras minúsculas correspondentes para os elementos. Para uma matriz A do tipo m x n, um elemento qualquer dessa matriz será representado pelo símbolo aij, no qual o índice i refere-se à linha em que se encontra tal elemento e o índice j refere-se à coluna em que se encontra o elemento. Esta matriz também pode ser escrita através de uma fórmula ou lei de formação A = (aij)m x n. Note que 1£ i £ m e 1 £ j £ n.
A = |
|
Note que m e n Œ N*.
Assim temos:
a11 (lê-se: a um um) elemento localizado na 1ª linha e 1ª coluna.
a32 (lê-se: a três dois) elemento localizado na 3ª linha e 2ª coluna.
Encontre os elementos da matriz A = (aij)3 x 3 em que aij = i2 + j2.
A representação genérica da matriz é:
A = |
|
Usamos a lei de formação para obter os dados da matriz.
aij = i2 + j2 fi | a11 = 12 + 12 = 2 a12 = 12 + 22 = 5 a13 = 12 + 32 = 10 a21 = 22 + 12 = 5 a22 = 22 + 22 = 8 a23 = 22 + 32 = 13 a31 = 32 + 12 = 10 a32 = 32 + 22 = 13 a33 = 32 + 32 = 18 |
Logo a matriz A = (aij)3 x 3 em que aij = i2 + j2 é representada por:
A = |
|
Algumas matrizes são ditas especiais. Veja abaixo quais são:
Matriz linha: é a matriz formada por uma única linha.
Exemplo: A = (3, 4, 6) é uma matriz linha 1 x 3.
Matriz coluna: é a matriz formada por uma única coluna.
Exemplo:
A = |
|
É uma matriz coluna 3 x 1 |
Matriz nula: é a matriz cujos elementos são todos iguais a zero.
Exemplo:
A = |
|
É uma matriz nula 2 x 3 |
Matriz quadrada: é a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas.
Exemplo:
A = |
|
É uma matriz quadrada 3 x 3. Dizemos que A é quadrada de ordem 3.
Outro ponto interessante que pode ser notado numa matriz quadrada é a diagonal principal. Ela é formada pelos elementos cujo índice da linha é igual ao índice da coluna.
A = |
|
Veja a semelhança com a matriz genérica.
A = |
|
A outra diagonal é chamada diagonal secundária de A.
A = |
|
Matriz Identidade: é a matriz de ordem n em que os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais elementos são todos iguais a zero. A matriz identidade é representada por In.
Exemplo:
I2 = |
|
É uma matriz identidade de ordem 2 |
I3 = |
|
É uma matriz identidade de ordem 3 |
Matriz transposta: é a matriz obtida pela inversão das linhas pelas colunas da matriz original. Se a matriz A é de ordem m x n, a transposta de A (denominamos At) será de ordem n x m.
Exemplo:
A = |
|
É uma matriz de ordem 2 x 3 |
At = |
|
É uma matriz de ordem 3 x 2 |
Note que o que é linha na matriz A se torna coluna na matriz At.